Opinião: Trump manteve imagem de ‘durão’, mas diálogo com Rússia acontecerá nos bastidores

© AP Photo / Chris PizzelloTrump na NBC
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Donald Trump precisa manter uma imagem de “durão”. Segundo analista político norte-americano, Patrick Lawrence, isso explica os ataques contra a Rússia durante a sua primeira coletiva de imprensa na qualidade de presidente eleito dos EUA.

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O analista político e jornalista Patrick Lawrence, autor do livro “Época passada: americanos no século pós-americano” (Time No Longer: Americans After the American Century no original), conversou com agência Sputnik e comentou a primeira coletiva de imprensa de Donald Trump.

Comentando as declarações de Trump sobre a Rússia, o escritor disse que o magnata escolheu passar uma imagem de “durão” e que a defesa da normalização das relações com Moscou será travada nos bastidores.

“Na minha opinião, Trump se viu na obrigação de manter uma certa imagem. Algo do tipo: sou durão, e enquanto Donald Trump estiver no volante, ninguém sairá impune. Isso, no entanto, deve ser uma máscara. Na política a imagem importa muito. E Trump escolheu para si uma imagem de um cara durão. Por isso eu não ficaria tão preocupado (com as declarações sobre a Rússia). A posição pessoal de Trump sobre as relações com a Rússia e outros países, principalmente com a China, é muito mais importante. É isso que devemos observar. Aquilo que aconteceu ontem, bem como as suas primeiras medidas, provavelmente serão uma espécie de tributo aos conservadores. Algo como: sim, não perdoarei nada para a Rússia. É preciso esperar as suas ações e é muito importante que ele consiga impor a posição dele sobre as relações com a Rússia e vencer esse combate com o establishment”, disse Lawrence.

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Ao comentar as supostas informações comprometedoras sobre Trump, em posse de “agentes russos”, o escritor disse que tudo não passou de ato de desespero de partes da inteligência norte-americana, até hoje inconformada com a vitória do republicano sobre Hillary Clinton. 

“As recentes ‘revelações’ sobre informações comprometedoras, com as quais Rússia supostamente pretende chantagear Trump, não passam de último grito dos afogados. Não esqueçam que a administração de Obama sempre foi muito próxima do Pentágono e da Inteligência. Obama não conseguiu domar essas pessoas. E essa equipe toda deixará os cargos em menos de 10 dias. E essas pessoas sempre preferiram Hillary Clinton, pois ela agiria do mesmo jeito que Obama. Em 10 dias um novo presidente estará na Casa Branca, e conviver com ele será bem mais difícil. Portanto isso foi um ato de desespero, é assim que devemos avaliar a situação. Não surpreende o fato de Trump ter ficado furioso. Ele tinha todos os motivos para isso”, concluiu o jornalista.

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