'Cultura de cowboy' obriga EUA a introduzirem mais sanções contra Rússia

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Se a Rússia não responder à onda atual de sanções norte-americanas, esta será seguida por outras, porque a cultura norte-americana considera a ausência de reação de Moscou como uma fraqueza, pensa o analista do Instituto de Problemas de Segurança Internacional da Academia de Ciências da Rússia, Aleksei Fenenko.

"A onda atual é uma continuação da posição que assumimos nas vésperas da virada do ano quando não respondemos à expulsão dos diplomatas russos. Os norte-americanos consideram que a Rússia é fraca e que é preciso continuar exercendo pressão. A cultura norte-americana compreende somente a língua de respostas duras. Se o outro lado não responde de forma firme e cede, como fez a Rússia, os norte-americanos consideram que é preciso continuar a exercer pressão", declarou Fenenko à agência RIA Novosti.

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Na sua opinião, são possíveis mais sanções em dois casos: se a Rússia não reagir de forma alguma à onda atual e não atacar qualquer área dolorosa para os EUA, eles continuarão a sua ofensiva, mas se a Rússia responder, os EUA cederão de imediato, pensa o especialista.

Como exemplo citou a decisão de Moscou de abandonar o acordo sobre a utilização de plutônio, que é um aspecto muito importante para Washington. "Depois disso, as discussões sobre sanções desapareceram por três meses", disse Fenenko.

"Se não respondermos, sim, poderão seguir-se mais sanções. Se a Rússia ficar silenciosa e não responder, os norte-americanos consideram-no como a nossa fraqueza. A cultura norte-americana não compreende termos como 'gesto de boa vontade' ou 'compromisso'. Esta é uma cultura de cowboy: ou ataco ou param-me, não há terceira variante", concluiu Fenenko.

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Nas vésperas do Ano Novo, os EUA declararam 35 diplomatas russos como personas non gratas. O presidente russo Vladimir Putin declarou, em resposta, que não expulsaria ninguém, embora houvesse razões para uma reação adequada. Além disso, Putin convidou os filhos dos diplomatas norte-americanos para a festa de Ano Novo no Kremlin.

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