Jornalista italiano explica qual poderá ser o grande jogo de 2017

© REUTERS / Ints KalninsTropas da Lituânia ao lado de outras forças de 11 países da OTAN, 2 de dezembro de 2016
Tropas da Lituânia ao lado de outras forças de 11 países da OTAN, 2 de dezembro de 2016 - Sputnik Brasil
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Militares não param de dizer que "a Rússia se está preparando para a guerra". Constatar isso seria a mesma coisa que anunciar que a OTAN realiza preparativos sérios para uma guerra com a Rússia.

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Por todo o lado surgem dados que a guerra poderia começar, provavelmente, na fronteira entre a Rússia e a Lituânia.

No seu artigo patra à Sputnik Itália, Giulietto Chiesa, jornalista italiano independente, compartilhou sua opinião sobre o atual cenário militar no mundo.

Ele ressalta que na fronteira entre os Países Bálticos e a Rússia está sendo instalado um exército inteiro que, segundo as estimativas da mídia alemã e americana, conta com pelo menos cinco mil homens, além de 2,5 mil tanques e outro material bélico.

"Tudo isso custa bilhões. Mas para quê? Para estar em plena prontidão de combate dentro de meio ano, segundo o chefe do Estado-Maior General do Exército da Alemanha, Volker Wicker", explica o jornalista.

Na opinião de Chiesa, a CIA, o Pentágono e a OTAN não podem aceitar a derrota em todas as frentes, não só militares, mas também políticas e diplomáticas. Trata-se da Ucrânia, Síria, Turquia.

As consequências dessa derrota para a coalizão ocidental parecem desastrosas por várias razões, afirma o jornalista italiano.

"Ficou claro que é possível recuperar a paz sem participação do Ocidente. Todo o mundo árabe compreende que o domínio americano está perdendo sua dominação. Está surgindo uma frente conjunta de sunitas e xiitas", frisa.

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Chiesa vê claramente a linha do terrorismo, que parece chegar diretamente dos escritórios ocidentais, interligando o assassínio do embaixador russo em Ancara (como uma espécie de castigo para a Rússia) e o ato terrorista na boate em Istambul (como castigo para Erdogan).

Além disso, o jornalista italiano acredita que na Europa está aumentando a tensão na véspera das eleições na França e Alemanha e, possivelmente, na Itália. Ao mesmo tempo a Europa financiada por bancos norte-americanos está submergindo na histeria antirrussa e anti-islâmica.

Atualmente estão metendo medo com os hackers russos, mas depois se seguirão atos terroristas mais duros contra civis, escreveu Chiesa para a Sputnik Itália.

"O problema dos europeus é parecido com o dos [norte-]americanos, não podem reagir passivamente a serem assustados e expostos à violência dos últimos três anos. Aumenta a diferença entre as pessoas quanto à informação da mídia convencional, aumenta a desconfiança das pessoas nos políticos", opinou.

"O jogo parece mais transparente, e agora se vê que os jogadores continuam os mesmos, embora sob bandeiras diferentes", conclui.

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