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Fiocruz alerta que verão pode ter tríplice epidemia causada pelo Aedes aegypti

© Venilton Kuchler/ANPrFiocruz faz alerta sobre epidemia no verão de chikungunya, dengue e zika
Fiocruz faz alerta sobre epidemia no verão de  chikungunya,  dengue e zika - Sputnik Brasil
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Especialistas em saúde pública da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) alertam que durante o verão no Rio de Janeiro os casos de Chikungunya podem se multiplicar, com a proliferação do mosquito Aedes aegypti, que também provoca a Dengue e a Zika.

Para o coordenador da Rede Dengue, Zika e  Chikungunya da Fiocruz, José Augusto de Brito há um grande risco de uma epidemia de Chikungunya no Rio, e ao mesmo tempo haver epidemia também de Dengue e Zika.

"Os casos da vigilância epidemiológica mostram um aumento muito importante no número de casos de Chikungunya. Como a população do Rio de Janeiro não conhece e está virgem de contato com esse vírus, ela tem um risco muito grande de ter uma epidemia causada pelo Chikungunya. Mas isso não significa que não teremos ao mesmo tempo casos de Zika e dengue. Por isso temos classificado como a tríplice epidemia, que é transmitida pelo vetor Aedes aegypti, que passa as doenças Dengue, Zika e Chikungunya."

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De acordo com o pesquisador da Fiocruz, por ser uma doença nova, o tratamento da Chikungunya ainda não tem um consenso, até mesmo por ter sintomas parecidos com a Zika e a Dengue, atingindo as articulações. "O acometimento é muito intenso. Um grande número de pessoas pode ficar com essa doença cronica, e fica tendo dor até dois ou três anos depois de ter a doença. O que ela tem de complicado? Ela não é doença que mata a pessoa, mas é uma doença que incapacita. Quem é acometido pela Chikungunya, tem que ficar no mínimo em repouso por 15 dias. Porque o acometimento das articulações é grande, joelho, tornozelo, ombros, mãos e a pessoa não consegue fazer nada." 

Após o alerta da Fiocruz, o novo secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Carlos Eduardo Matos disse que segundo a previsão dos especialistas da instituição a taxa  da população na cidade que pode ter a febre Chikungunya durante o verão ficará entre 30% e 50%. Carlos Eduardo Matos ressalta que será fundamental o combate e controle dos focos do mosquito pela população em casa, no trabalho e nas ruas nesse período.

"Se cada um fizer sua parte já é uma grande ajuda. E com essas campanhas que nós vamos executar nas comunidades de recolhimento de lixo, informação à população, combate ao vetor, nós vamos atenuar em muito o nosso risco."

Dados da Fiocruz apontam que em 2015, foram confirmados 13.236 casos de Chikungunya no Brasil e seis mortes. No ano passado, o número aumentou para 145.059 casos e 159 morte pela doença. No Rio de Janeiro, de 2015 para 2016 o número de casos passou de 41 para 13.892.

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