Desenvolvimento possível dos principais conflitos armados em 2017

© AP Photo / Bob DaughertyO líder do Partido Internacional da Juventude, Jerry Rubin, aponta uma arma de brinquedo em sinal de “defesa legítima” em 4 de dezembro de 1969, ao ser proibido de participar da sessão do subcomitê de Atividades Antiamericanas. Rubin chegou à sessão vestido de Santa para demostrar que o subcomitê era “um circo total”.
O líder do Partido Internacional da Juventude, Jerry Rubin, aponta uma arma de brinquedo em sinal de “defesa legítima” em 4 de dezembro de 1969, ao ser proibido de participar da sessão do subcomitê de Atividades Antiamericanas. Rubin chegou à sessão vestido de Santa para demostrar que o subcomitê era “um circo total”. - Sputnik Brasil
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O ano de 2017 deverá ser fértil em acontecimentos e mudanças: o mundo assistirá os primeiros passos do novo presidente dos EUA Donald Trump, o desenvolvimento da situação na Síria, as eleições na Alemanha e na França e muitos outros acontecimentos.

Os especialistas acreditam que tais questões como o futuro da Parceria Transatlântica, as sanções ocidentais contra a Rússia e a possibilidade de reiniciar diálogo inter-sírio continuarão sendo debatidas.

A Sputnik destaca outros possíveis temas-chave da agenda política mundial em 2017.

Contendo a respiração: Trump passará a liderar os EUA

Com a vitória do bilionário republicano Donald Trump nas eleições presidenciais nos Estados Unidos, o futuro da política internacional ainda está indefinido.

Uma bandeira síria improvisada em um bairro da zona leste de Aleppo libertado pelo exército nacional, em 13 de dezembro de 2016 - Sputnik Brasil
Opinião: importância da aliança Rússia-Irã na Síria cresce diariamente
Pela primeira vez em muito tempo, começam a aparecer sinais de uma real restauração das relações amigáveis entre a Rússia e os EUA: Trump e Putin, nomeadamente, já admitiram sua prontidão de trabalhar juntos para superar a crise nas relações e resolver os principais problemas internacionais.

Vladimir Putin e Donald Trump se mostraram várias vezes prontos para procurar uma linguagem comum, e a recente nomeação de Rex Tillerson, chefe da maior empresa petrolífera dos EUA, a ExxonMobil, ao posto do secretário de Estado só prova a aproximação bilateral. Tillerson é famoso por seus laços empresariais com a Rússia e já se encontrou várias vezes com Putin.

Mas as esperanças das autoridades russas continuam sendo expressas com bastante cautela. 

Em particular, o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Rybakov, afirmou recentemente que Moscou ainda pouco sabe de planos concretos da política externa da futura administração dos EUA, e que há diferença entre as declarações de campanha e da própria presidência. Além disso, a administração de Barack Obama deixa uma "herança pesada" no que se refere à Rússia e Moscou não tem ilusões a este respeito, sublinhou o político russo.

Militares sírios em Aleppo libertada - Sputnik Brasil
Opinião: Arábia Saudita, Turquia e Qatar perderam em Aleppo
Com aliados ou adversários, Síria continua enfrentando o terrorismo 

O final de 2016 está sendo marcado por dois acontecimentos importantes na frente síria – a tomada de Aleppo por tropas governamentais e a perda da cidade lendária de Palmira.

Especialistas militares preveem que atualmente os jihadistas, após o sucesso em Palmira, tentarão se aproximar de Damasco, Hama e Homs. Ao mesmo tempo, as tropas de Bashar Assad se esforçam por retomar o controle de Palmira, tendo em conta as jazidas petrolíferas localizadas nos arredores da cidade.

Especialistas referem também a possibilidade de uma nova vaga de refugiados e tensões políticas na UE porque os terroristas de Aleppo podem fugir para a província vizinha de Idlib e, de lá, chegar a Europa se fazendo passar por refugiados.

Tanque turco durante incursão militar na Síria em fevereiro de 2015 - Sputnik Brasil
Opinião: Turquia usará os terroristas removidos de Aleppo para combater os curdos
Não devemos nos esquecer também da influência dos jogadores externas – o Irã, a Turquia, a Rússia, a Arábia Saudita, o Qatar e os EUA.

Entre eles podem surgir alianças inesperadas como, por exemplo, o diálogo constante turco-russo, que coexiste com os protestos de Moscou e Damasco relativamente à operação armada turca no norte da Síria, onde os turcos tentam limitar a influência de curdos.

Tensões entre Kiev e Donbass continuam desde 2015

Um militar ucraniano vestindo uma máscara que descreve um crânio, em 23 de setembro de 2014, no portador de veículo blindado em um subúrbio da cidade oriental Debaltseve na região de Donetsk - Sputnik Brasil
Situação em Donbass se agrava muito rapidamente
O processo de regularização pacífica da situação no Leste da Ucrânia, onde foram formadas as autoproclamadas Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk (DNR e LNR respectivamente dura por quase dois anos e não parece estar chegando ao fim.

Os Acordos de Minsk continuam por realizar: só dois pontos do documento podem ser considerados parcialmente implementados. São eles a troca de prisioneiros e a retirada do equipamento militar pesado da linha de contato. Mas a troca de "todos por todos" não ocorreu.

Seja como for, o trabalho dos subgrupos em Minsk provavelmente será continuado.

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