Bloomberg: Sanções contra Rússia estão com dias contados

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A União Europeia prorrogou as sanções contra a Rússia por mais seis meses, mas é possível que tal atitude não seja tomada novamente, informou a agência Bloomberg.

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As incertezas sobre a eficiência de tais medidas, juntamente com o reforço das posições dos políticos simpatizantes da Rússia na Europa, serão um teste sem precedentes para a unidade da União Europeia, diz-se na matéria da Bloomberg.

Em particular, entre os que se manifestam a favor da retirada das sanções e fortalecimento das relações com Moscou está o candidato à presidência francesa, ex-primeiro-ministro, François Fillion.

"Acrescente a isso o flerte do presidente eleito Donald Trump com Putin e a posição comum dos EUA e UE pareceria pouco segura", destacou o autor.

"O tempo passa, mas a situação no leste da Ucrânia não muda muito, torna-se cada vez mais difícil prorrogar as sanções contra a Rússia. É difícil dizer qual será a situação daqui a seis meses, pois ainda sabe-se pouco sobre a nova administração norte-americana", disse à Bloomberg o pesquisador do Centro da política europeia em Bruxelas, Paul Ivan.

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Além disso, a Bloomberg realizou uma pesquisa entre economistas, onde a maioria (55%) pressente o cancelamento das medidas restritivas dos EUA contra a Rússia nos próximos anos. Uma pesquisa realizada anteriormente, em outubro, mostra um resultado muito diferente – somente 10% acreditavam na possibilidade de retirada das sanções.

Segundo a agência, a esperança de mudanças radicais na polícia norte-americana está ligada à vitória pouco esperada de Donald Trump.

Muitos analistas estão seguros de que se Washington cancelar as sanções, a União Europeia não terá outra opção a não ser seguir o mesmo caminho. 40% dos economistas interrogados pela Bloomberg esperam que a União Europeia ponha um ponto final nas sanções contra a Rússia no mesmo prazo – nos próximos 12 meses.

"Se os EUA cancelarem as sanções, os países da UE não conseguirão atingir o consenso quanto à preservação das sanções na situação atual", disse à Bloomberg o economista da empresa IHS Markit, Charles Movit.

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Caso as sanções sejam extintas, espera-se que o PIB russo cresça 0,2 pontos percentuais no próximo ano, e 0,5 – em 2018.

As relações entre a Rússia e o Ocidente deterioraram-se devido à situação na Ucrânia. Em julho de 2014, a UE e os EUA aplicaram sanções pontuais contra certos indivíduos e empresas da Rússia. Em seguida, foram postas em prática medidas restritivas em relação a setores inteiros da economia russa. Em resposta, a Rússia restringiu a importação de produtos alimentares de países que impuseram as sanções. Moscou tem afirmado repetidamente que não interfere no conflito interno ucraniano, defendendo a resolução pacífica do conflito.

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