"Parece uma paródia, mas não tem graça. Os tchecos devem ou aumentar o consumo de rum, ou começar a revendê-lo". Foi assim que reagiu o economista-chefe da empresa de consultoria PF Capital, ex-conselheiro do ministro do Desenvolvimento Econômico russo Evgueni Nadorshin.
"Com uma política de preços correta as pessoas poderiam em certa medida substituir o whisky, brandy, vodka por rum cubano", disse à Sputnik.
De acordo com Nadorshin, o mecanismo oferecido pelo lado cubano é bastante habitual e familiar.
"Neste esquema proposto de pagamento da dívida não há nada de original ou extraordinário. Os cubanos têm falta de dinheiro. Então porque não pagar com o que têm em excesso? Claramente, pode parecer ofensivo, que se paguem equipamentos militares, equipamento para empresas de açúcar com bebidas alcoólicas. Mas, se nos lembrarmos dos anos 1980, vemos que na União Soviética, no território do COMECON, uma das moedas de melhor saída era… a vodka", notou.
Além disso, o especialista entrevistado acredita que é pouco provável que rum cubano venha a afetar negativamente o nível de alcoolismo na República Tcheca.
Falando sobre a escala da dívida, Nadorshin disse:
"Conheço os cálculos, que mostram: para cobrir a dívida, os cubanos devem fornecer à República Tcheca mais de 23 milhões de garrafas de rum. Claramente não é pouco, mas acho que a população tcheca saberá lidar com a abundância inesperada de álcool".
Como a Sputnik já destacou mais cedo, se a proposta se concretizar, os tchecos podem esperar receber cargas e cargas de rum cubano durante mais de um século.
