Trump ainda não é presidente, mas China já 'apalpa o terreno'

© AFP 2023 / GREG BAKERImagem do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, publicada em um dos jornais chineses, Pequim, China, novembro de 2016
Imagem do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, publicada em um dos jornais chineses, Pequim, China, novembro de 2016 - Sputnik Brasil
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O representante da chancelaria chinesa declarou que um membro do Conselho de Estado da China, Yang Jiechi, se encontrou com funcionários da nova administração norte-americana, inclusive com o futuro chefe do Conselho de Segurança Nacional, general Michael Flynn.

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O departamento não indicou quaisquer detalhes da reunião, notando que as partes ''discutiram assuntos das relações sino-americanas e outras questões importantes''. A reunião de Yang Jiechi significa que a China começou a desenvolver canais de comunicação com a administração Trump, destacou em entrevista à Sputnik China o jornalista Mikhail Korostikov.

O encontro alegadamente teve lugar durante uma escala no aeroporto de Nova York no âmbito da viagem de Yang Jiechi para a América Latina. Pelos vistos, este encontro foi o primeiro contato entre a administração Trump e a liderança chinesa. 

Depois da vitória de Trump, o presidente chinês ligou ao vencedor para o felicitar. Na conversa, o líder da China, Xi Jinping, disse que as relações diplomáticas sino-americanas, que já continuam por 37 anos, têm sido positivas para os povos dos dois países e contribuído para paz regional, estabilidade e prosperidade. Segundo Xi Jinping, cooperação é a única escolha para os EUA e a China.

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O próprio fato de que o primeiro encontro foi realizado não por chanceler ou outro oficial, mas por Yang Jiechi significa que os problemas nas relações bilaterais depois da vitória de Trump não são fáceis. Yang Jiechi ocupa uma posição mais alta em relação ao chanceler chinês e frequentemente atua como representante pessoal de Xi Jinping. Além disso, conhece bem a especificidade das relações bilaterais e fala um bom inglês (passou quatro anos nos EUA como embaixador chinês).

Há que notar que o encontro foi realizado ainda antes de Trump ter dito que não é obrigatório seguir a política de uma "única China" e críticado a China pelo comportamento pouco amigável. Tal posição provocou o protesto da China, que declarou que o princípio da ''única China'' é a condição obrigatória para o desenvolvimento das relações bilaterais.

Korostikov afirmou que é muito provável que o representante chinês tenha tentado compreender se o futuro presidente realmente planeja opor-se ao seu maior parceiro comercial. Entretanto, nem todos os conselheiros de Trump estavam de acordo com a sua posição. Por exemplo, o vice-presidente dos EUA, Michael Pence, disse que a conversa de Trump com a chefe da administração de Taiwan foi uma ação de cortesia e não está ligada a futura política da administração norte-americana.

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