China instala sistemas antimíssil no mar do Sul da China, mas isso 'não é militarização'

© REUTERS / U.S. Navy/Handout via ReutersChina constrói ilhas artificiais no arquipélago Spratly (foto de arquivo)
China constrói ilhas artificiais no arquipélago Spratly (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
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A instalação por Pequim de infraestruturas militares nas ilhas no mar do Sul da China corresponde ao direito internacional e não se trata de militarização, afirmou na quinta-feira (15) o representante oficial da chancelaria chinesa, Geng Shuang.

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Mais cedo, o Centro dos Estudos Estratégicos Internacionais dos EUA (CSIS na sigla inglesa) publicou o relatório ''Iniciativas de Transparência no Espaço Marítimo da Ásia'' que diz que a China instalou no mar do Sul da China sistemas antiaéreos e antimísseis.

''Quero lembrar que as ilhas no mar do Sul da China são uma parte inalienável do território da China e que a construção, bem como a instalação de infraestruturas de defesa nacional nestas ilhas, são um evento habitual. É um direito do país soberano, que corresponde ao direito internacional'', disse Geng Shuang.

O CSIS teve conhecimento destas infraestruturas em junho, depois de ter estudado fotos de satélite do mar do Sul da China. Destaca-se que, além de sistemas de defesa antiaérea e antimíssil, nas ilhas há pistas de decolagem e torres que alegadamente estão equipadas com radares, informou a Reuters

''Pelos vistos, a China construiu grandes estruturas de defesa, com armas de defesa antiaérea e possivelmente sistemas de armas de curto alcance, em todos os seus postos no arquipélago Spratly'', indicou o relatório.

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O representante chinês afirma não conhecer os detalhes do relatório. Ao mesmo tempo, Geng Shuang destacou que a instalação de infraestruturas de defesa ''no seu território não tem nada a ver com a militarização''.

Ele acrescentou que a China promove a paz e estabilidade na região. Segundo Geng Shuang, Pequim espera que os países que não pertencem à região não interfiram na disputa territorial e façam mais pela estabilidade.

A China, o Japão, o Vietnã e as Filipinas têm divergências sobre as fronteiras marítimas e zonas de responsabilidade no mar do Sul da China e no mar da China Oriental. O Tribunal de Haia decidiu em 12 de junho que a China não tem o direito de apresentar reclamações territoriais no mar do Sul da China nos limites da linha de nove traços.

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