OTAN está se preparando para a corrida ao armamento

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Aumento da capacidade militar e das despesas na área da defesa nos países membros da OTAN é a base para criação de suporte à futura corrida do armamento; enquanto isso, a redução de despesas da Rússia na defesa promove o desenvolvimento da política do país, acredita o professor da Universidade Estatal de Moscou, Aleksei Fenenko.

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Anteriormente, o jornal Financial Times, citando o relatório anual de Jane's Defence Budget sobre os países com as maiores despesas na área da defesa, informou que, pela primeira vez, desde a década de 1990, a Rússia não está entre os cinco países que mais gastam com defesa, destinando apenas 48,5 bilhões de dólares no ano em questão. Os EUA ocupam o primeiro lugar, pois gastaram 622 bilhões de dólares no respectivo setor.

​Conforme o relatório, pela primeira vez nos últimos seis anos, além do aumento das despesas nos países da Europa Ocidental, suspendeu-se a diminuição dos gastos nos EUA. Tais fatores levaram à redução das despesas da Rússia com defesa — quando comparadas as dos outros países, algo não registrado desde a década de 90. O relatório informa que, neste ano, as despesas do bloco militar da OTAN aumentaram por causa da intensificação da ameaça do grupo terrorista Daesh (proibido na Rússia).

"A Rússia está conduzindo uma política de desenvolvimento. Ela vem atuando em direções concretas e certas. Além disso, tudo indica que [a Rússia] está dando menos atenção a sistemas caros, que recebem toda a atenção da OTAN. Ou seja, a Rússia defende o bloqueio dos sistemas caros de alta exatidão, já a OTAN defende o desenvolvimento destes sistemas caros", disse professor da faculdade de Política Mundial da Universidade Estatal de Moscou à RIA Novosti.

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O especialista ressaltou que os chamados sistemas burocráticos gigantes, que frequentemente usam fundos destinados para outras funções, desempenham um papel importante na distribuição dos capitais para a defesa."Uma grande quantidade de dinheiro está sendo destinada à criação de perspectivos tipos de armamentos, sobre os quais vem trabalhando há 40 anos, mas ainda não foram constatados progresso no desenvolvimento dos mesmos", acrescentou.

Segundo Fenenko, há muitos projetos que não dão resultado algum, mas, mesmo assim, é destinada uma grande quantidade de dinheiro para execução deles.

"Todavia, não é a corrida ao armamento, mas a construção de suporte para uma corrida futura. Isso é o que está acontecendo nos países ocidentais", afirmou o especialista.

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Ele frisou que é importante não esquecer sobre a inflação que pode corrigir consideravelmente o conceito "despesas com a defesa". "Não esqueçamos qual inflação anual é causada pelas moedas internacionais. Se analisarmos esta cifra, pode parecer que as despesas mundiais não aumentaram", concluiu.

Uma pesquisa realizada pela Pew Research, neste ano, revelou que somente um terço dos membros da OTAN acredita ser necessário aumentar as despesas com a defesa.

Apenas 32% dos países do bloco defendem o aumento das despesas militares, enquanto 47% acreditam que elas devem ser mantidas no nível atual, segundo a pesquisa.

Os países Baixos e a Polônia são os países que mais apoiam o aumento. Já a Espanha, a Itália e Grécia gostariam que fosse investido menos na área da defesa.

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