Como o porta-aviões russo Admiral Kuznetsov compete com seus rivais dos EUA?

© REUTERS / Serviço de patrulha da NoruegaPorta-aviões russo, Admiral Kuznetsov nas águas internacionais da Noruega, 19 de outubro de 2016
Porta-aviões russo, Admiral Kuznetsov nas águas internacionais da Noruega, 19 de outubro de 2016 - Sputnik Brasil
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Recentemente várias fontes da mídia ocidental criticaram problemas e falhas técnicas ocorridas com o avião russo Su-33 no convés do porta-aviões Admiral Kuznetsov. Será que o Admiral Kuznetsov é tão ruim como as fontes da mídia o descrevem?

Em 5 de dezembro, depois de completar uma missão militar na Síria, um caça russo Su-33 escorregou para fora do convés do porta-aviões Admiral Kuznetsov devido ao rompimento do retentor de aterrisagem durante o pouso. Anteriormente, em 14 de novembro, um caça-bombardeiro MiG-29K sofreu um acidente durante o pouso no convés do Admiral Kuznetsov. Essas duas falhas causaram uma onda de críticas tanto na Rússia, como no estrangeiro.

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A Marinha russa sofreu quatro acidentes deste tipo nos últimos 25 anos. Em 1991, um caça Yak-141 se despenhou sobre o convés do porta-aviões Admiral Gorshkov.
Em 1 de dezembro, o jornal The Washington Post escreveu:

"As imagens de satélite indicam eventuais problemas com o único porta-aviões russo… é uma tentativa modesta do grupo naval de imitar suas contrapartes – os superporta-aviões dos EUA."

Ao mesmo tempo a edição britânica The Times se juntou às críticas e citou as palavras de Igor Sutyagin, pesquisador do Instituto Real Unido de Serviços de Estudos de Defesa e Segurança que falou que "somente um número limitado de pilotos russos têm nível necessário de preparação para pousos e decolagens no porta-aviões".

Será que os mesmos incidentes poderiam ter ocorrido com porta-aviões ocidentais? Na verdade, a Marinha dos EUA sofreu mais de 100 acidentes de grande dimensão ao longo dos últimos 50 anos.

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Os EUA possuem uma dúzia de porta-aviões operando e também um número não menos impressionante de falhas. Assim, um avião Grumman E-2 Hawkeye de Sistema Aéreo de Alerta e Controle (AWACS) se incendiou a bordo do porta-aviões USS Ronald Reagan.

Em 2011, um caça-bombardeiro americano F/A-18 Hornet explodiu ao tentar levantar voo a partir do porta-aviões estadunidense USS John S. Stennis.

Mas a verdadeira tragédia ocorreu em 1967 a bordo do porta-aviões USS Forrestal, quando, devido ao disparo acidental de um míssil Zuni, no convés ocorreu uma reação em cadeia que deixou 134 marinheiros mortos e 161 feridos.

Concluindo, vale a pena notar que os americanos não têm o direito de manchar a imagem do porta-aviões russo Admiral Kuznetsov que apenas perdeu três aviões nos últimos 11 anos sem provocar quaisquer vítimas.

Em qualquer caso, as lições das recentes falhas foram aprendidas, o treinamento foi melhorado e o sistema de pouso – aperfeiçoado.

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