Em resposta ao apelo da agência de informação e de rádio Sputnik, o Departamento de Comunicações e Informação da UNESCO enviou uma carta em que afirma que a UNESCO vai "defender os direitos da mídia à recolha e livre divulgação de informação" e "continuará acompanhando atentamente a situação" relativamente à resolução aprovada em 23 de novembro pelo Parlamento Europeu.
A UNESCO também assegurou à Sputnik que "desde a sua criação que a organização trabalha na promoção de normas jurídicas internacionais destinadas a assegurar… o direito de procurar, obter e divulgar informações e ideias, independentemente das fronteiras nacionais, bem como da forma de comunicação".
A carta oficial, assinada pelo adjunto do diretor-geral para comunicação e informação da UNESCO Frank La Rue, foi recebida pela agência após o Parlamento Europeu ter aprovado a resolução "Comunicações estratégicas da UE como reação à propaganda de terceiras partes". O documento visa restringir a liberdade de expressão na União Europeia e, de fato, impede a atividade de tais mídias como RT e Sputnik. Anteriormente, o presidente da Federação Internacional de Jornalistas, Philippe Leroux, e o secretário-geral da Federação Europeia de Jornalistas, Ricardo Gutierrez, enviaram palavras de apoio à agência e criticaram a resolução aprovada.
A carta da UNESCO diz nomeadamente: "A UNESCO, utilizando todas as oportunidades disponíveis, continuará defendendo os direitos da mídia à recolha e livre divulgação de informações e opiniões e também apoiará os jornalistas que seguem os princípios da ética profissional e elevados padrões profissionais. Obrigado por vocês terem chamado a atenção para esta questão [da resolução]. Vocês podem ter certeza que a UNESCO continuará acompanhando a situação."
A resolução "Comunicações estratégicas da UE como reação à propaganda de terceiras partes" foi aprovada pelo Parlamento Europeu em 23 de Novembro. Depois da adoção, a agência de informação e rádio Sputnik apelou às organizações europeias e americanas de defesa da liberdade da mídia para tomarem medidas de forma a evitar consequências da resolução. A carta correspondente, com um pedido para parar o ataque à liberdade de expressão na EU e assinada pela editora-chefe Margarita Simonyan, foi enviada às organizações internacionais, incluindo as Nações Unidas e a UNESCO.