Por que hospital russo foi atacado em Aleppo?

© REUTERS / SANAVista pelo local do hospital móvel russo em Aleppo depois de ataques dos terroristas, Síria, 5 de dezembro de 2016
Vista pelo local do hospital móvel russo em Aleppo depois de ataques dos terroristas, Síria, 5 de dezembro de 2016 - Sputnik Brasil
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O ataque de uma hora e meia contra o hospital móvel russo, na cidade síria de Aleppo, que causou a morte de duas médicas russas, indica que grupos radicais não enfrentam quaisquer obstáculos no ataque a postos médicos para perpetuar a guerra no país devastado, disse o analista da RIA Novosti, Aleksandr Khrolenko.

"Possivelmente, as pessoas que organizaram o ataque, contaram com uma forte resposta das forças governamentais e dos seus aliados encarregados de fechar todas as rotas e corredores [dos distritos em Aleppo oriental] para os rebeldes" que consideram se render, notou o analista.

Esta foto de 5 de dezembro de 2016 mostra o que sobrou do hospital móvel russo em Aleppo após ataque de rebeldes, Síria - Sputnik Brasil
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Os militantes e os seus financiadores ocidentais estão desesperados por causa do progresso rumo à libertação de Aleppo, afirmou Khrolenko.

As forças governamentais alcançaram grandes êxitos em Aleppo nas últimas semanas, tendo liberado mais da metade dos bairros no leste da cidade. Na quarta-feira (7), o exército sírio e os seus aliados tomaram o controle de todo o centro histórico da cidade.

"Amplamente, os militantes visavam atingir a vida pacífica da cidade, que vem se recuperando da guerra. A assistência médica oferecida aos cidadãos é um dos indicadores da aproximação da paz", disse.

Ele acrescentou que o ataque levantou assuntos em relação aos objetivos dos países ocidentais e dos seus aliados no Oriente Médio, que estão sendo promovidos na Síria.

"Se 'o ditador Assad' e os seus aliados estivessem sistematicamente cuidando dos cidadãos sírios, inevitavelmente surgem as questões – o que faz aqui a coalizão de 80 países, liderada pelos EUA, e o que desencadeou a guerra de muitos anos entre os 'oposicionistas' armados e o governo legítimo, exército e povo da República Árabe da Síria?", observou.

O político curdo, Omar Hassun, indicou que o ataque contra o hospital russo em Aleppo divide os militantes em duas partes. Alguns estão prontos para largar armas e retornar à vida pacífica, enquanto outros mais radicais afirmam que lutarão até o fim.

Local do hospital móvel do Ministério da Defesa da Rússia na Síria, atingido por um bombardeio em 5 de dezembro de 2016 - Sputnik Brasil
Médica russa ferida em bombardeio do hospital russo em Aleppo não sobreviveu
Segundo Khrolenko, alguns militantes continuarão lutando, pois ainda recebem armas e informações de fora da cidade, embora o exército sírio e os seus aliados já tenham feito de tudo para destruir as rotas de fornecimento para bairros de Aleppo, até então controlados por militantes.

Na segunda-feira (5), o porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov, disse que militantes da chamada "oposição" síria atacaram o hospital móvel russo em Aleppo, que resultou na morte de duas médicas militares russas e deixou ferido outro médico. Além deles, o ataque atingiu residentes locais que aguardavam atendimento médico.

Ambas as médicas serviam no hospital de Birobidzhan, capital da Região Autônoma Judaica.

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho declarou que tais ataques comprovam que as partes beligerantes não são capazes de proteger os médicos.

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