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Ex-ministro da Cultura diz que Temer o 'enquadrou' para falar sobre 'irritação' de Geddel

© Marcos Corrêa/ Vice Presidência da República;Fotos PúblicasMichel Temer
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Em depoimento à Polícia Federal, o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero afirmou que o presidente Michel Temer o chamou ao Palácio do Planalto para conversar sobre o prédio de alto luxo cuja obra fora embargada pelo Iphan em Salvador, e no qual o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, havia comprado um apartamento.

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Segundo relata o G1, Calero alega que Temer lhe disse, na ocasião, que o embargo do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, órgão vinculado ao Ministério da Cultura) havia criado "dificuldades operacionais em seu gabinete", já que Geddel estava bastante irritado e teria pedido ao presidente que "construísse uma saída para que o processo fosse encaminhado à AGU".

Calero também disse à PF que se sentiu decepcionado pelo fato de poder falar com mais ninguém sobre a situação em que se viu, uma vez que o próprio presidente da República o havia “enquadrado".

Em entrevista à "Folha" no sábado (19), o ex-ministro afirmou que o motivo principal de sua saída do Ministério da Cultura, anunciada na última sexta-feira (18), havia sido a pressão que sofrera de Geddel para fazer o Iphan liberar o empreendimento imobiliário.

Segundo o porta-voz do Palácio do Planalto, Temer quis apenas mediar conflitos entre os ministros e defendeu apenas uma "saída técnica" quando pediu que o caso fosse levado à Advocacia Geral da União (AGU).

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Oposição e governistas divergem sobre investigação de Geddel
Na segunda-feira (21), a Comissão de Ética Pública da Presidência da República abriu um processo contra Geddel para investigar os relatos do ex-ministro da Cultura. Nos últimos dias, o investigado admitiu que é proprietário de um apartamento no prédio em questão, confirmou que procurou o então ministro da Cultura para tratar da decisão do Iphan, mas negou que o tivesse pressionado para liberar a construção do edifício. 

A obra foi embargada pelo órgão do Ministério da Cultura por estar localizada em uma área tombada como patrimônio cultural da União, sujeita a regras especiais. 

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