Mídia israelense: Trump prepara operação militar conjunta secreta com Rússia e Turquia

© AP Photo / Alexander ZemlianichenkoUma jornalista fazendo uma matéria durante transmissão ao vivo das presidenciais norte-americanas, com os retratos de Trump e Putin no fundo
Uma jornalista fazendo uma matéria durante transmissão ao vivo das presidenciais norte-americanas, com os retratos de Trump e Putin no fundo - Sputnik Brasil
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Um site de inteligência militar israelense está afirmando que o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, antes mesmo de ser empossado na Casa Branca, já está administrando as forças armadas norte-americanas e preparando secretamente um ataque conjunto com a Rússia e a Turquia contra o Daesh (autodenominado Estado Islâmico).

De acordo com fontes em Washington do DEBKAfile, o conselheiro de Segurança Nacional de Trump, tenente-general Michael Flynn, está "secretamente em estreito contato com o chefe do Conselho de Segurança da Rússia, Nikolai Patrushev, bem como o presidente Recep Tayyip Erdogan, da Turquia, e o rei Abdullah da Jordânia”.

O site afirma que o grupo tem mantido discussões secretas para preparar um assalto combinado aos bastiões do Daesh no Iraque e na Síria, logo depois que Trump assumir a presidência em janeiro de 2017. 

"Seu plano de operação também envolveria os exércitos regulares da Turquia, Jordânia, Iraque e nações do Golfo Pérsico", relatou DEBKAfile. 

A mídia israelense também observou que outra sugestão da possível cooperação veio do presidente sírio, Bashar Assad, em entrevista à rádio portuguesa em 16 de novembro. Na ocasião, disse Assad: "[Se Trump] lutar contra os terroristas, é claro que seremos aliados naturais, junto com os russos, iranianos e muitos outros países que querem derrotar os terroristas.” 

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Apesar de ainda estarem numa fase preliminar, as conversações produziram o seu primeiro resultado tangível: uma vanguarda da Força de Observação de Retirada das Nações Unidas (UNDOF) chegou ao lado sírio de Golã", relatou o DEBKAfile. "Ela assumiu posição em sua antiga base de Fawwar Camp 4 km a leste de Quneitra, a qual evacuou durante os combates sírios. O corpo principal da força, cerca de 1.000 soldados da ONU e 70 observadores, é esperado em breve, para assumir a tarefa de reconstituir a antiga zona desmilitarizada que separou Israel e Síria sob o acordo de armistício de 1974".

O Wall Street Journal também informou nesta quarta-feira (23) que Donald Trump Jr., filho mais velho do presidente eleito, manteve conversas privadas com diplomatas, empresários e políticos no Hotel Ritz em Paris no mês passado, sendo um dos principais focos das reuniões a questão de encontrar um caminho para cooperar com a Rússia para acabar com a guerra na Síria.

Um dos participantes dessas reuniões foi Randa Kassis, que lidera o grupo de oposição sírio chamado Movimento da Sociedade Pluralista. "A oposição [da Síria] tem esperança de que o processo político avance e a Rússia e os Estados Unidos chegarão a um acordo sobre a questão da crise síria por causa da vitória de Trump", disse Kassis à Sputnik News após a eleição. 

"Tal esperança e crença é o resultado da minha reunião pessoal com Donald Trump Jr. em Paris, em outubro… Consegui passar a Trump, através das conversas com seu filho, a ideia de como podemos cooperar juntos para chegar ao acordo entre a Rússia e os Estados Unidos sobre a Síria", acrescentou a fonte.

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