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Além do desemprego, brasileiros também sofrem com capacidade ociosa

© Marcos Santos/USP Imagens/Fotos PúblicasSubemprego IBGE
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Quase tão grave como o desemprego — que já atinge 11,8% da população economicamente ativa no país ou 12 milhões de pessoas — a subutilização da força de trabalho do Brasil atingiu 21,2% no terceiro trimeste, atingindo quase 23 milhões de pessoas. No segundo trimestre deste ano, o índice era de 20,9%.

O indicador, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta terça-feira, 22, reúne a taxa de desocupação, a de insuficiência de horas trabalhadas e a força de trabalho potencial. Por insuficiência de horas trabalhadas, os técnicos do IBGE explicam que ela consiste em uma jornada inferior a 40 horas semanais. Só este item respondeu por 16,5% no terceiro trimestre, o equivalente a 4,8 milhões de trabalhadores subocupados. No segundo trimestre desse ano, a taxa era de 16% e no terceiro trimestre de 2015, de 14,4%.

Ainda segundo a pesquisa, os maiores índices de subocupação foram registrados no Nordeste, que respondeu por 31,4%, e os menores na Região Sul (13,2%). No Nordeste, Bahia (34,1%), Piaui (32,6%) e Maranhão e Sergipe (empatados com 31,9%) registraram as taxas mais elevadas. 

Ronaldo Nogueira, ministro do Trabalho - Sputnik Brasil
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Governo nega intenção de aumentar jornada de trabalho

Por insuficiência de horas trabalhadas e desocupação, a Região Nordeste também liderou no terceiro trimestre, atingindo 22,9%. Bahia (26,2%), Sergipe (23,7%) e Piaui e Paraíba (ambos com 22,9%) foram os estados mais afetados. As menores taxas foram verificadas em Santa Catarina (8%), Mato Grosso (10,6%) e Paraná (11,4%).

Segundo o IBGE, os dados revelam ainda outros números preocupantes. Cerca de 35% das pessoas em idade de trabalhar que estavam fora do mercado no terceiro trimestre eram idosas (com 60 anos ou mais), e as mulheres respondiam por uma parcela de 65,5%. Em relação ao nível de educação, mais da metade desse contingente (54%) não tinha concluído o ensino fundamental e pouco mais de um quarto (25,8%) tinha concluído pelo menos o ensino médio.

Os adultos (entre 25 a 39 anos), conforme o levantamento, respondiam por 35,2% da população desocupada, com as mulheres mais uma vez respondendo pelo maior percentual (50%). Por fim, em relação ao rendimento médio do país (R$ 2.015), apenas três regiões se situaram acima desse limite: Sudeste (R$ 2.325), Centro-Oeste (R$ 2.288) e Sul (R$ 2.207).

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