Passados 3 anos desde Euromaidan, Poroshenko é interrogado

© Sputnik / Andrei SteninProtesto na Praça Maidan em Kiev, 22 de fevereiro
Protesto na Praça Maidan em Kiev, 22 de fevereiro - Sputnik Brasil
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O porta-voz do presidente ucraniano, Svyatoslav Tsegolko, confirmou o fato de o chefe de Estado ter deposto na Procuradoria-Geral da Ucrânia no âmbito da investigação sobre os distúrbios em Kiev nos anos 2013-1014.

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No sábado (19) de manhã, a mídia ucraniana, citando a Procuradoria-Geral do país, comunicou que no dia anterior Poroshenko tinha sido interrogado sobre vários episódios visados pela investigação aos confrontos em Kiev. Segundo dizem os jornalistas, o inquérito durou seis horas. Inicialmente, a Procuradoria planejava conduzir o interrogatório em 29 de novembro.

"Na sexta-feira à noite, o presidente Pyotr Poroshenko depôs no âmbito da operação de investigação dos crimes em Maidan visando castigar os culpados", disse Tsegolko na sua página do Facebook.

Segundo disse o chefe do Departamento de Investigações Especiais, Sergei Gorbatyuk, os procuradores conseguiram respostas a todas as perguntas que tinham planejado fazer.

Anteriormente, a Procuradoria-Geral da Ucrânia divulgou as intimações para interrogação dos dirigentes mais altos do Estado em relação aos acontecimentos na Praça Maidan.

Segundo o procurador-geral Yuri Lutsenko, além do presidente foi interrogado o líder do Partido Radical, Oleg Lyashko, o ex-premiê ucraniano Arseny Yatsenyuk, o ministro do Interior Arsen Avakov e o secretário do Conselho de Segurança e Defesa Nacional da Ucrânia, Aleksandr Turchinov. Antes do depoimento de Poroshenko, seu porta-voz comunicou que o presidente estava pronto para comparecer na procuradoria caso fosse convidado.

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A maior praça de Kiev, Maidan Nezalezhnosti ou Praça da Independência, foi ocupada pelos apoiadores da integração europeia em 21 de novembro de 2013, logo após a declaração pelo chefe do governo Nikolai Azarov do congelamento do acordo de associação com a UE. Mais tarde, a Maidan se tornou no epicentro da confrontação entre as forças de segurança e os radicais. Os confrontos, durante os quais a oposição usou repetidamente armas de fogo e coquetéis Molotov, resultaram em dezenas de vítimas tanto do lado da oposição como do governo.

As novas autoridades ucranianas atribuíram a responsabilidade pela morte de mais de 100 pessoas ao seu rival político, o ex-presidente Viktor Yanukovich, e aos policiais da unidade especial ucraniana Berkut, que negam qualquer envolvimento nos crimes de assassínio. Yanukovich afirmou muitas vezes que nunca ordenou abrir fogo contra os manifestantes civis e até pediu para remover todos os policiais da Berkut da cidade.

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