Bloomberg: vida da Ucrânia será difícil sem Tio Sam e 'tio Joe' Biden

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Depois da vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos EUA, a Ucrânia, que está na encruzilhada do poder russo com a influência ocidental, enfrenta perspectivas sombrias, escreve Bloomberg.

Kiev pode perder não só a proteção da América, mas também perder o "tio Joe" — o vice-presidente dos EUA Joe Biden. Ele exortou as autoridades locais a cumprirem suas promessas de reformas econômicas e de combate à corrupção, em troca o Fundo Monetário Internacional fornece à Ucrânia ajuda financeira.

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Depois da inauguração de Trump, Washington, provavelmente, já não vá apoiar tanto Kiev, diz o artigo. Para uma aproximação dos EUA à Rússia, da qual já falaram o líder russo e o presidente eleito, Donald Trump, os Estados Unidos terão que sacrificar a política de Obama para a integração da Ucrânia na comunidade ocidental.

Os resultados das eleições norte-americanas pegaram Kiev de surpresa, e isto ficou claro quando políticos ucranianos começaram apagando suas publicações críticas em relação a Trump, como, por exemplo, o ministro do Interior Arsen Avakov.

De acordo com uma fonte anônima do jornal, agora Kiev conta apenas com republicanos no Congresso que possam influenciar a relação de Trump com a Ucrânia.

Os funcionários ucranianos vivem uma doce ilusão, considera o presidente da empresa de consultoria Eurasia Group e cientista político Ian Bremmer.

"O mais provável é que os EUA, sob chefia de Trump, tentem logo reiniciar suas relações com Rússia, inclusive no que toca à Síria. Neste caso, eles irão provavelmente sacrificar a Ucrânia", acredita o especialista.

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A embaixada americana foi usada com frequência para promover medidas pouco populares entre os burocratas ucranianos, declarou à agência Bloomberg o ex-ministro da Economia da Ucrânia, Aivaras Abromavicius. Ele aprovava seus decretos primeiro junto dos americanos, e depois descartava as objeções dos funcionários de Kiev dizendo que eles já foram aprovados pelos "nossos parceiros".

"Sem o 'tio Joe' e a participação de Washington em geral, tudo isso pode acabar", destaca Bloomberg. Agora os funcionários serão os responsáveis pelas reformas impopulares exigidas pelo FMI, e serão obrigados a realizá-las de forma autônoma em condições de preparação das eleições de 2019.

"Olhando para o currículo de alguns representantes das autoridades, é difícil acreditar que eles se possam reorientar tão facilmente", adicionou Abromavicius.

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