Noite de terror em Paris não foi esquecida

© AFP 2023 / Bertrand GuayA photo taken on November 17, 2015 in Paris shows the Eiffel Tower illuminated with the colors of the French national flag in tribute to the victims of the November 13 Paris terror attacks.
A photo taken on November 17, 2015 in Paris shows the Eiffel Tower illuminated with the colors of the French national flag in tribute to the victims of the November 13 Paris terror attacks. - Sputnik Brasil
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Exatamente um ano atrás, em 13 de novembro de 2015, três grupos terroristas realizaram uma série de ataques em Paris e na região suburbana da cidade Saint-Denis, deixando 130 mortos e mais de 350 feridos.

Os ataques começaram às 09h00 da noite (22:00 GMT) com três explosões perto do Stade de France em Saint-Denis. Os jihadistas detonaram seus cintos de explosivos durante o jogo de futebol entre a França e Alemanha, que contava com participação do presidente francês François Hollande.

Depois disso, ocorreram explosões em dois restaurantes e em um bar perto do estádio. Após as duas primeiras explosões, o serviço de segurança retirou François Hollande do local. Os ataques perto do estádio deixaram três mortos.

O segundo grupo terrorista, composto por pelo menos três pessoas, atacou vários cafés e restaurantes no norte de Paris, disparando contra os clientes.

As primeiras notícias foram sobre tiroteios no bar Le Carillon, onde um homem com máscara abriu fogo e, mais tarde, uma testemunha ocular contou que, após atirar contra o bar, o mesmo homem atravessou a rua e abriu fogo contra as pessoas que estavam no restaurante Le Petit Cambodge.

Só minutos mais tarde, um atirador abriu fogo contra os clientes de um café no bairro Canal Saint Martin. Mais tarde, a polícia descobriu um carro cheio de balas e uma motocicleta abandonada perto do local.

O ataque seguinte atingiu a pizzaria La Casa Nostra, perto do bar Le Carillon. Testemunhas dizem que um homem com metralhadora atacou os clientes da pizzaria.

​Mais ataques foram registrados no restaurante, em uma zona mais a sul. Dois atiradores abriram fogo contra as pessoas que estavam jantando na esplanada do restaurante. Foram mortas 18 pessoas no La Belle Equipe, cinco — em La Casa Nostra e 14 em Le Carillon e Le Petit Cambodge.

Depois, três terroristas tomaram cerca de 1.500 pessoas reféns na casa de espetáculos Bataclan, durante o show da banda americana Eagles of Death Metal. Após tomar centenas de pessoas como reféns, os jihadistas abriram fogo contra elas, algumas conseguiram correr para fora do edifício. A polícia francesa entrou no Bataclan após ter conseguido entrar em contato com terroristas, que disseram que iriam negociar.

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O prefeito de Paris, Michel Cadot, divulgou mais tarde que a operação de resgate começou cerca das 10h00 da noite (hora local) e um dos policiais matou um terrorista que estava atirando contra os reféns. Os restantes dois terroristas se explodiram no segundo piso do edifício logo após o início da operação policial, que durou três minutos.

Um total de 89 pessoas morreram nesta noite no Bataclan, inclusive o agente do grupo, Nick Alexander. Uma pessoa que ficou gravemente ferida acabou por morrer em 20 de novembro.

Segundo informou o presidente francês mais tarde, as pessoas que morreram nos ataques em Paris eram nacionais de 19 países.

O grupo terrorista Daesh (proibido em vários países, inclusive na Rússia) se responsabilizou pelos ataques em Paris por via de um vídeo publicado um dia após os ataques. No vídeo, os jihadistas ameaçavam realizar mais ataques na França caso o país continuasse a realizar ataques aéreos no Oriente Médio.

Em 14 de novembro, François Hollande decidiu reintroduzir controle de passaportes na fronteira e também declarou o estado de emergência na França. 

Durante os eventos em homenagem às vítimas da noite trágica em Paris, o premiê francês Manuel Valls declarou que o estado de emergência será prolongado por mais uns meses. O político esclareceu que o estado de emergência permite realizar detenções e aplicar outras medidas administrativas contra criminosos de forma mais eficaz.

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Após a noite de terror em Paris, as autoridades da Bélgica introduziram o controle fronteiriço com a França — em todos os aeroportos e ferrovias.

Durante a investigação, o escritório da Promotoria de Paris descobriu que os cúmplices dos terroristas que organizaram ou realizaram ataques na cidade tinham ligações com a Bélgica, e divulgou os nomes dos terroristas — Salah Abdesalam, Ibrahim Abdeslam e Najim Laachraoui.

Diversos cidadãos franceses também tiveram a ver com os ataques — entre outros, foram divulgados os nomes de Bilal Hadfi, Samy Amimour, Ismael Omar Mostefai e Foued Mohamed Aggad. A maioria deles já tinha problemas com a lei do país e vários deles já tinham estado na Síria.

© REUTERS / Christian HartmannTrês sobreviventes se dão um abraço fora da sala de concertos Bataclan, onde tinha acontecido um ataque com fuzil automático
Três sobreviventes se dão um abraço fora da sala de concertos Bataclan, onde tinha acontecido um ataque com fuzil automático - Sputnik Brasil
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Três sobreviventes se dão um abraço fora da sala de concertos Bataclan, onde tinha acontecido um ataque com fuzil automático
© REUTERS / Philippe WojazerUm jovem sai da sala de concertos Bataclan após atentado em Paris, na noite de 13 para 14 de novembro.
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Um jovem sai da sala de concertos Bataclan após atentado em Paris, na noite de 13 para 14 de novembro.
© AFP 2023 / MIGUEL MEDINABombeiros evacuam uma pessoa ferida da sala de concertos Bataclan perto do centro da capital francesa.
Bombeiros evacuam uma pessoa ferida da sala de concertos Bataclan perto do centro da capital francesa - Sputnik Brasil
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Bombeiros evacuam uma pessoa ferida da sala de concertos Bataclan perto do centro da capital francesa.
© AP Photo / Thibault CamusUma mulher ferida é evacuada do teatro Bataclan depois do tiroteio em 13 de novembro.
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Uma mulher ferida é evacuada do teatro Bataclan depois do tiroteio em 13 de novembro.
© REUTERS / Yves HermanPatrulha militar francesa perto da Torre Eiffel no dia após uma série de ataques mortais em Paris, 14 de novembro, 2015
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Patrulha militar francesa perto da Torre Eiffel no dia após uma série de ataques mortais em Paris, 14 de novembro, 2015
© Sputnik / Vladimir Pesnya / Acessar o banco de imagensParisienses em luto após ataques terroristas de 13 de novembro
Parisienses em luto após ataques terroristas de 13 de novembro - Sputnik Brasil
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Parisienses em luto após ataques terroristas de 13 de novembro
© Sputnik / Galina Azule / Acessar o banco de imagensHabitantes de Paris perto do restaurante Le Petit Cambodge em Paris onde teve lugar um dos atentados de 13 de novembro de 2015
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Habitantes de Paris perto do restaurante Le Petit Cambodge em Paris onde teve lugar um dos atentados de 13 de novembro de 2015
© Jacques BrinonUm soldado perto de corpos de vítimas do atentado em Paris.
Um soldado perto de corpos de vítimas do atentado em Paris - Sputnik Brasil
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Um soldado perto de corpos de vítimas do atentado em Paris.
© REUTERS / Christian HartmannBombeiros ajudam uma pessoa ferida perto do teatro Bataclan.
Bombeiros ajudam uma pessoa ferida perto do teatro Bataclan - Sputnik Brasil
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Bombeiros ajudam uma pessoa ferida perto do teatro Bataclan.
© AP Photo / Michel EulerPessoas abandonam o estádio Stade de France depois do amistoso entre França e Alemanha e atentado.
Pessoas abandonam o estádio Stade de France depois do amistoso entre França e Alemanha e atentado - Sputnik Brasil
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Pessoas abandonam o estádio Stade de France depois do amistoso entre França e Alemanha e atentado.
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Pessoas abandonam o estádio Stade de France depois do amistoso entre França e Alemanha e atentado.
A investigação mostrou também que vários jihadistas tinham relação com os ataques em Bruxelas de março de 2016, que mataram mais de 30 pessoas e feriram mais de 300.

Em 8 de novembro de 2016, os serviços secretos da Bélgica divulgaram que o coordenador dos ataques em Paris e Bruxelas fora identificado. De acordo com a informação da mídia, se trata do jihadista belga conhecido sob o nome de Oussama Ahmad Atar. A mídia informou também que ele organizou  os ataques a partir do território sírio.

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