Embaixador saudita nos EUA diz que bombardear o Iêmen é como 'bater na esposa' (VÍDEO)

© YouTube/Zaid JilaniEmbaixador saudita nos Estados Unidos, príncipe Abdullah Al-Saud
Embaixador saudita nos Estados Unidos, príncipe Abdullah Al-Saud - Sputnik Brasil
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Ativistas gravaram as declarações do diplomata, que havia sido questionado sobre o uso de bombas de fragmentação por parte da coalizão liderada pela Arábia Saudita contra os rebeldes iemenitas.

O embaixador saudita nos Estados Unidos, príncipe Abdullah Al-Saud, provocou polêmica esta semana quando, questionado por ativistas sobre se seu país continuaria a usar bombas de fragmentação no Iêmen, comparou de forma jocosa a pergunta com o tratamento que, de acordo com ele, deve ser dado a a uma esposa, segundo relata o jornal The Intercept.

"É como se você me perguntasse: 'pararia de bater em sua mulher?'", respondeu o diplomata, rindo em coro com a comitiva que o acompanhava. 

Mulheres iemenitas que apoiam os rebeldes xiitas Houthis protestam contra os ataques aéreos da coalizão liderada pela Arábia Saudita em frente ao hotel onde o enviado das Nações Unidas para o Iêmen, Ismail Ould Cheikh Ahmed, estava hospedado. Sanaa, em 25 de Outubro de 2016. - Sputnik Brasil
ONU é alvo de protestos em massa no Iêmen por 'cumplicidade' com bombardeios sauditas
Os comentários do embaixador saudita foram registrados no final de outubro em Washington, durante sua participação na Conferência Anual de Legisladores árabes-americanos, onde Al-Saud defendeu a atuação da coalizão saudita no Iêmen. 

Desde 2014 o Iêmen está imerso em um conflito armado entre os rebeldes xiitas houthis e as forças leais ao presidente Abd Rabbuh Mansur Hadi, que fugiu para a Arábia Saudita após a tomada da capital, Sanaa, pelas forças rebeldes. A coalizão de países árabes liderados por Riad lançou uma intervenção militar no país vizinho em março de 2015 com ataques aéreos contra os houthis.

A Arábia Saudita aceita que os maridos chicoteiem suas mulheres, e ainda hoje é um dos países mais repressivos do mundo em relação aos direitos femininos.

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