Caçada ao homem mais procurado de Portugal

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Pedro Dias, o homem mais procurado de Portugal, matou um policial e um civil e está em fuga desde o dia 11 de outubro.

Desde o dia 11 de outubro, um nome está em todas as conversas cotidianas dos portugueses: Pedro Dias. O homem mais procurado de Portugal baleou cinco pessoas, matou um policial da Guarda Nacional Republicana (GNR) e um civil, roubou carros para fugir e foi visto pela última vez na Galícia, norte da Espanha. A caçada ao suspeito de ser um transtornado assassino tem mobilizado as forças de segurança portuguesas e provocado discussões sobre a motivação para os crimes em sequência que assustaram a população do norte do país.

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O homem cujo rosto agora está em todos os jornais e televisões como um perigoso criminoso, no entanto, era visto como inofensivo pelos vizinhos até a notícia de que matou duas pessoas no mesmo dia se espalhou. Procurados por telefone na região, a maioria dos amigos e vizinhos relutam em falar sobre o caso. Os que aceitaram conversar pediram anonimato e relatam à Sputnik surpresa com os acontecimentos.

"Muitas pessoas acham que ele não fez nada. Ele não mataria ninguém. Só teve o azar de terem achado lá o documento dele, mas ele não matou ninguém", diz uma moradora que afirma conhecer o suspeito de longa data. "Se ele quisesse ter sido mesmo ruim ele já tinha feito outras asneiras", afirma outro morador local. Um terceiro amigo reluta em acreditar que ele seja o autor dos dois assassinatos recentes. "Tenho que ver para crer", diz.

Na vizinhança Pedro Dias era tido como "boa pessoa" e a família tem fama de simpática e caridosa. Por isso, é muito difícil para alguns moradores da região acreditar que o "Piloto" tenha assassinato duas pessoas e ferido outras.

"Aconteceu o que aconteceu, não sei se ele anda traumatizado da cabeça ou tem algum problema para fazer aquilo que fez", se questiona outro. Os vizinhos afirmam que Pedro Dias conhece muito bem a região. "Ele andava por aqui, conhece os cantos todos", explicou.

Entenda o caso

Na madrugada do dia 11 de outubro, na região industrial de Aguiar da Beira, no norte de Portugal, dois policiais da GNR abordaram o veículo de Pedro Dias, conhecido pela alcunha de "Piloto". Ele reagiu, matou um dos policiais na hora e sequestrou o outro, que foi obrigado a colocar o corpo do colega morto no porta-malas do carro da patrulha. Na sequência, Dias o levou para uma zona de mata a 5 quilômetros dali, onde o atingiu com tiros e o abandonou num pinhal.

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Após esconder o corpo do policial, Pedro Dias foi até a estrada principal, mandou parar um veículo Passat e disparou sobre o casal que estava no carro. O homem morreu na hora. O criminoso então voltou ao local onde cometeu o primeiro crime para recuperar o seu veículo e fugir até Fornos de Algodres, a 30 km dali, onde procurou sua ex-mulher e levou o carro dela. Ele seguiu, então, no veículo em direção a Arouca.

Ao meio-dia de 11 de outubro, ele é parado em uma barreira policial, troca tiros com os agentes e consegue fugir. Isso aconteceu em São Pedro do Sul, perto de Viseu. Na mesma tarde, em Candal, o suspeito voltou a enfrentar os policiais. Um agente da GNR foi baleado "acidentalmente" nessa troca de tiros e Pedro Dias, mais uma vez, conseguiu fugir.

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O suspeito só foi avistado novamente no domingo seguinte, 16 de outubro, em Valedasna, onde sequestrou um casal que o surpreendeu no esconderijo e roubou outro veículo para seguir a fuga. No fim do domingo, ele foi avistado em Vila Real e escapou da polícia pela quarta vez. Depois, abandonou o veículo na localidade de Carro Queimado e escapou.

Esta semana o homem mais procurado de Portugal foi avistado na Galícia, no norte da Espanha, motivo pelo qual foi incluído na lista dos criminosos procurados na Europa. Mas quem é Pedro Dias, o homem que do dia para a noite se tornou o mais perigoso de Portugal? Não se trata de um desconhecido da polícia.

Com 44 anos de idade, Pedro João Ribeiro e Costa de Pinho Dias nasceu em Angola, mas foi criado na região de Arouca. Vem de família abastada e tem o breve de piloto tirado na África do Sul, motivo pelo qual tem o apelido. Recentemente voltou a viver com a mãe.

​Há cinco anos, foi condenado por violência doméstica. Segundo a imprensa portuguesa, uma pesquisa forense da época pedida pelo Tribunal de Aveiro alertou que Dias sofre de sociopatia, o que pode ajudar a justificar o comportamento impulsivo e hostil dos fatos recentes.

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