"Os aviões militares habitualmente não participam de combates urbanos porque é difícil distinguir os aliados dos inimigos… Para Washington há os cidadãos norte-americanos e os outros, que não representam interesse para os EUA", disse.
A operação russa, inclusive as atividades em Aleppo, mostra que Moscou faz todo o possível para proteger civis.
"Tentamos retirar os militantes de Aleppo para não realizar ataques aéreos contra civis. É melhor eliminar radicais em zonas rurais que na cidade", disse o analista se referindo à pausa humanitária da aviação russa e síria em Aleppo.
Antes, na quinta-feira (27), o representante oficial do Ministério da Defesa da Rússia major-general Igor Konashenkov disse que a Força Aeroespacial russa e a Força Aérea síria se abstêm de realizar ataques aéreos na zona de 10 km ao redor de Aleppo. Além disso, Moscou e Damasco encorajaram civis e militantes desarmados a abandonarem a segunda maior cidade síria através de oito corredores humanitários.
"Os norte-americanos não se importam. Mossul não é uma cidade norte-americana. Os norte-americanos sempre lidaram com baixas civis sem remorsos", lamentou Glazunov. "O objetivo principal para os norte-americanos é realizar a missão com um mínimo de baixas norte-americanas. Não se importam sobre com os outros."
"No Vietnã, por exemplo, eles usaram napalm e largaram "tapetes de bombas" sem descriminação. Eles não se importam com quantas pessoas morrem no processo desde que a missão seja completada. Sempre escapam sem sofrer consequências. Nem uma única investigação foi realizada."
A situação na Síria não é melhor.
Na quarta-feira (26), um pesquisador da Anistia Internacional disse à Sputnik Internacional que os EUA não estão fazendo esforço suficiente para avaliar o local a atacar. Em alguns casos, os EUA alvejaram áreas sem objetivo militar claro ou por causa de inteligência inadequada.