Capital iraniana pode ser varrida da Terra

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Uma vista de Teerã ao pôr-do-Sol - Sputnik Brasil
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Terremoto, que talvez aconteça no Irã dentro de 15 anos, ameaça varrer a capital do país, Teerã, da face da Terra. É esta a previsão do cientista Bahram Akkasheh.

Akkasheh, que é conhecido como "pai da sismologia iraniana", sugere que Irã tenha nova capital em breve. Este assunto não é de hoje. Ele já vem sendo discutido há trinta anos. A ideia tem o apoio do aiatolá (líder espiritual do Irã) Khamenei, que recomendou, em 2009, ao Conselho de Bom Senso político preparar um projeto de transferência da capital nacional para outra localização.

Tais preocupações estão ligadas à situação sismológica de Teerã. A periculosidade foi confirmada por um grupo de cientistas japoneses, que determinaram recentemente que um futuro terremoto — se houver – poderia chegar a 8 graus na escala Richter. Neste caso, a tragédia seria responsável pela morte de um milhão de pessoas e a destruição de 80% dos prédios da cidade.

O "pai da sismologia iraniana" contou à Sputnik Persa sobre a existência de ciclos sismológicos. Segundo Bahram Akkasheh, a cada 200 anos – aproximadamente – acontece um terremoto gravíssimo. Em 27 de março de 1830, Teerã sofreu um terremoto de 7,1 graus na escala Richter. Sendo assim, o próximo terremoto seria por volta do ano 2030.

Mas, claro, isso não passa de uma previsão técnica. Ninguém pode prever um terremoto antes que aconteça.

"É impossível prever o início de um terremoto a curto prazo, somente com uns dias ou horas de antecedência. Só existe o método de detecção a prazo prolongado", diz o cientista, explicando que 10 anos também é um "curto prazo".

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Assim era uma cidade iraniana depois do terremoto de 2009 - Sputnik Brasil
Assim era uma cidade iraniana depois do terremoto de 2009

Há indícios que, além de preocupantes, são reais, ressalta Akkasheh.

"É muito alta a possibilidade de que mais um terremoto de tal potência aconteça em Teerã. A cordilheira Elbruz [ao Norte de Teerã] ganha a cada ano uns milímetros, junto com o Planalto Iraniano, que cresce aproximadamente oito milímetros por ano. Tudo isso prova o estímulo da casca terrestre, que está em movimento constante", afirma.

Outro fator que gera receio são as falhas geológicas que existem ao norte e ao sul de Teerã, aumentando os danos em caso de eventual terremoto.

"A cidade sofre risco de ser varrida da face da Terra", adianta Akkasheh, alertando sobre a lentidão de trânsito na capital iraniana, que, em situação de emergência, poderia chegar a dificultar ou até mesmo impedir a evacuação da população de forma rápida.

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