Conselho da Federação da Rússia suspende acordo sobre plutônio com EUA

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Reator de produção de plutônio da Rússia - Sputnik Brasil
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O Conselho da Federação da Rússia suspendeu na quarta-feira (26) o acordo com os EUA sobre a reciclagem de plutônio.

Sessão na Duma de Estado (câmara baixa do parlamento russo), Moscou, Rússia (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
Câmara baixa do parlamento russo aprova suspensão de acordo sobre plutônio com EUA
Em 19 de outubro, a Duma de Estado (câmara baixa do parlamento russo) aprovou o projeto de lei para suspender o acordo com os EUA sobre plutônio. O documento, assinado em 2000, limita os direitos dos dois países de ter excesso de plutônio.

O acordo intergovernamental (denominado HEU-LEU — sobre urânio de alto e baixo grau de enriquecimento) entre a Rússia e os EUA foi firmado em 1993 e deixou de vigorar em 2013. O programa, que recebeu o nome "Megatons para Megawatts", foi previsto para o prazo de 20 anos. No âmbito desse programa a corporação estatal russa Rosatom ficou responsável pela reciclagem comercial de 500 toneladas de urânio de alto grau de enriquecimento, transformando-o em urânio de baixo grau de enriquecimento com objetivo de produzir combustível para as usinas nucleares dos EUA.

Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, durante a entrevista coletiva em Moscou, 26 de janeiro de 2016 - Sputnik Brasil
Rússia descarta uso militar do plutônio após sair do acordo com EUA
O referido programa possibilitou aos EUA produzir mais de 7 trilhões de kWh de eletricidade. O lucro da Rússia no quadro do contrato alcançou 17 bilhões de dólares.

Moscou informou que o abandono do Acordo sobre Plutônio de 2000 foi motivado pelas ações hostis de Washington em 3 de outubro.

"É evidente que a atual administração dos EUA não aceitará a  abolição das leis mencionadas, nem o levantamento das sanções, nem a redução da presença militar norte-americana na Europa em prol do restabelecimento do acordo. Neste caso, a sua suspensão terá um caráter ilimitado em termos de prazo", anunciou o vice-chanceler russo Sergei Ryabkov discursando no Conselho da Federação em 24 de outubro.

O acordo sobre a utilização de plutônio militar previa que ambas as partes deveriam reciclar 34 toneladas de plutônio através da sua queima em reatores nucleares, a partir de 2018. A Rússia criou toda a infraestrutura necessária para destruir o plutônio, conforme estava previsto pelo acordo, mas os EUA não cumpriram as suas obrigações.

Segundo o projeto de lei agora aprovado, a decisão de restabelecer o acordo sobre plutônio pela parte russa é tomada pelo chefe de Estado russo.

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