Bloomberg: EUA esgotaram possibilidades para introduzir sanções contra Rússia

© REUTERS / Maxim ShemetovTrânsito em Moscou
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Estados Unidos introduziram sanções contra tantos russos devido aos acontecimentos na Ucrânia que hoje surge o grande problema de encontrar quem possa ser sujeito a restrições por causa da Síria, escreve Bloomberg.

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No quadro dos acontecimentos na Ucrânia, os EUA aplicaram sanções a vários políticos, homens de negócios e empresas, começando pelos conselheiros do presidente russo e acabando com o famoso biker Khirurg (Cirurgião), líder do movimento Nochnye Volki (Lobos Noturnos). Até a Rosoboronexport foi incluída na lista. Mas depois as sanções foram levantadas porque a Rosoboronexport se ocupa da manutenção de helicópteros Mi-17 no Afeganistão usados pelos EUA e seus aliados.

Agora em Washington se deram conta que "não há mais ninguém que possa ser sujeito a sanções", cita Bloomberg as palavras de Michael Koffman do Instituto Kennan do Centro Woodrow Wilson em Washington. De acordo com ele, os EUA já não tem espaço de manobra na questão do aumento de sanções comerciais e financeiras contra Rússia.

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Uma das poucas opções que Washington têm é introduzir restrições contra representantes do ministério da Defesa da Rússia ligados à campanha na Síria e contra os fabricantes das armas que se usam no conflito, escreve a agência, citando especialistas.

Agora o Departamento de Estado está preparando propostas para apresentar à Casa Branca sobre "oportunidades de sanções". Estas propostas podem ter um efeito de longo prazo, mas os Estados Unidos querem um resultado imediato, informa Bloomberg citando uma fonte.

Os EUA tem algumas medidas radicais, entre quais poderá estar a proibição de os bancos americanos comprarem obrigações russas ou a desativação da Rússia do sistema bancário SWIFT. O passo extremo será o embargo às exportações russas de energia. No entanto, segundo os funcionários dos Estados Unidos, a última opção não está sendo considerada. A Europa recebe um terço de sua energia da Rússia, e o embargo causaria um impacto sério à já enfraquecida economia europeia.

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Ao mesmo tempo, a UE não vai introduzir novas sanções contra Moscou por causa da Síria. Como disse o primeiro-ministro italiano Matteo Renzi, a UE tem de usar toda a pressão possível para regular a situação na Síria, mas "é difícil imaginar que isso possa incluir sanções adicionais contra a Rússia", lembra a agência.

Até agora, as sanções não tiveram nenhum efeito prático: a Rússia continua sem mudar sua posição na questão ucraniana, e é pouco provável que novas medidas mudem sua política na Síria, apresenta Bloomberg a opinião da pesquisadora Emma Ashford do Instituto Cato.

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