Reino Unido treinou pilotos sauditas que participaram do ataque no Iêmen

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O partido dos Liberal Democratas declarou que o país treinou pilotos da Força Aérea da Arábia Saudita, apesar das acusações de esse país cometer crimes de guerra no Iêmen, escreve o jornal Independent.

O representante do partido para assuntos internacionais Tom Brake apelou ao Ministério da Defesa do Reino Unido para que pare imediatamente o treinamento da Força Aérea da Arábia Saudita e que controle de modo mais rigoroso a exportação de armas para esse país. De acordo com Independent, o ministro da Defesa britânico Michael Fallon, em resposta ao pedido de informação de Brake, relatou que tiveram lugar treinamentos de militares sauditas.

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"No quadro da continuação de nossa cooperação em matéria de defesa com a Arábia Saudita, o Reino Unido forneceu treinamento à Força Aérea da Arábia Saudita tanto na Grã-Bretanha, como na Arábia Saudita, que incluiu cursos internacionais de definição de alvos para os militares sauditas, de melhoramento de sua pontaria ede apoio ao cumprimento do direito humanitário internacional ", escreveu ministro.

Mas Fallon assinalou que o Reino Unido não deu à Arábia Saudita quaisquer recomendações especiais para a operação no Iêmen e não ensinou aos militares sauditas como realizar "o sancionamento político de operações militares.

"É uma vergonha que o governo do Reino Unido não apenas arma os pilotos sauditas, mas também os treina. O bombardeio indiscriminado de civis inocentes pela Arábia Saudita no Iêmen, o que é uma evidente violação do direito humanitário internacional, agora já está bem documentada. O governo deve terminar o seu envolvimento nesta campanha mortífera", disse Brake.

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O ministro britânico para o Oriente Médio Tobias Ellwood declarou anteriormente que o ataque aéreo da Força Aérea saudita no Iêmen, que matou 140 pessoas, foi causado pelo "erro intencional" de um dos responsáveis. A primeira-ministra da Grã-Bretanha Theresa May, por sua vez, anteriormente se manifestou a favor da venda de armas para a Arábia Saudita, alegando que os laços estreitos entre os países "permitem garantir a segurança das pessoas nas ruas do Reino Unido".

De acordo com a ONU, em resultado do ataque em Sanaa realizado em 8 de outubro morreram 140 pessoas. Mais de 500 ficaram feridas. Segundo dados de outras fontes, o número de vítimas atingiu 213 pessoas. Segundo outros dados, a coalizão liderada pela Arábia Saudita lançou cinco ataques aéreos contra a capital do Iêmen, Sanaa, após o ataque contra a cerimônia fúnebre. Em 15 de outubro a coalizão árabe anunciou os resultados da investigação ao ataque aéreo em Sanaa e afirmou que ele foi resultado de um engano.

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