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Eleições no Rio: Os verdadeiros ‘inimigos’ de Crivella e Freixo

© Nelson Jr./ASICS/TSEEleições Municipais 2016
Eleições Municipais 2016 - Sputnik Brasil
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Crivella persegue os gays? Freixo apoia os Black Blocs? Os dois candidatos à Prefeitura do Rio de Janeiro no segundo turno das eleições têm seus pontos fracos explorados pelo adversário. Quem vai levar a melhor atingindo o calcanhar de aquiles do outro?

O Rio de Janeiro e mais 54 cidades brasileiras só vão definir seus novos ou reeleitos prefeitos no segundo turno, que será realizado dentro de dois domingos, em 30 de outubro.

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No Rio, que continua sendo a grande vitrine do Brasil, as atenções estão voltadas para Marcelo Crivella, do PRB, e Marcelo Freixo, do PSOL. O primeiro é engenheiro, evangélico e senador da República, e, de acordo com os institutos de pesquisas, tem mais do que o dobro das intenções de votos do segundo, que é professor e deputado estadual e se declara candidato das esquerdas, cujo apoio é maciço.

Crivella e Freixo, que travam uma disputa previsivelmente muito acirrada neste segundo turno, têm também “inimigos” próprios que, no entender de especialistas, fragilizam ou podem fragilizar suas candidaturas.

A “guerra santa” contra Crivella – que começou com as denúncias de que seu eventual governo teria forte influência do seu tio, Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus, e do ex-governador do Estado do Rio, Anthony Garotinho – agora o enreda em novas acusações, de ser contrário aos homossexuais e a quase todas as religiões que não a evangélica, com ênfase nas de origem africana e asiática.

 

​Neste domingo, a mídia publicou ampla matéria abordando o livro que Marcelo Crivella publicou em 2002 pela Editora Gráfica Universal com o título de “Evangelizando a África”. No livro, Crivella fala dos dez anos que passou no continente realizando trabalhos como missionário.

Segundo a mídia, esta seria a versão brasileira de um outro livro de Crivella, publicado em 1999, em inglês. Nesta obra, Crivella critica, inclusive, a Igreja Católica, define quase todas as religiões como satânicas e diabólicas e condena a homossexualidade, chamando-a de “conduta maligna” e de “terrível mal”.

Diante da saraivada de críticas que recebeu, Marcelo Crivella disse que, hoje, não repetiria aquelas palavras.

Já os “inimigos” de Marcelo Freixo são os apoios que ele teria prestado a grupos como os Black Blocs e a solidariedade que tem recebido da chamada esquerda radical. Em relação aos Black Blocs, Freixo chegou a ser descrito como “militante da causa” e “partidário da anarquia que os integrantes do grupo promovem” em quebra-quebras e outras destruições nas quais seus membros estão envolvidos.

​Freixo se defende, dizendo que não se pode coibir a liberdade de expressão.

No que diz respeito ao confronto direto entre ambos, pelo menos uma situação esdrúxula se configurou no primeiro debate de que ambos participaram para o segundo turno, numa emissora de TV. Crivella questionou Freixo sobre seus apoios políticos, os mesmos que apoiaram os governos dos Presidentes Lula e Dilma Rousseff. Freixo rebateu como que acusando, dizendo que não tinha nem teve compromisso com nenhum dos dois e que Crivella, sim, é quem deveria temer a repercussão de ter sido ministro da Pesca da ex-Presidente Dilma Rousseff.  

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