HRW: EUA não entraram agora na guerra do Iêmen - estão lá desde o início

© AP Photo / Osamah AbdulrhmanResultado de bombardeios da coalizão liderada pela Arábia Saudita no Iêmen - Sanaa, 8 de outubro de 2016
Resultado de bombardeios da coalizão liderada pela Arábia Saudita no Iêmen - Sanaa, 8 de outubro de 2016 - Sputnik Brasil
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Em entrevista à Sputnik, Kristine Beckerle, pesquisadora da Divisão da África do Norte da Human Rights Watch, chamou a atenção para o fato de que os Estados Unidos têm sido parte do conflito iemenita desde o primeiro mês de combates.

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No início desta semana, a imprensa internacional relatou que os EUA tinham "oficialmente" entrado no conflito no Iêmen. O Pentágono disse que o USS Nitze disparou mísseis de cruzeiro Tomahawk em três estações de radar pertencentes aos rebeldes houthis, em ataque autorizado pelo presidente Barack Obama.

O Iêmen está mergulhado em um estado de guerra desde 2014, com os houthis combatendo as forças leais ao presidente Abd Rabbo Mansour al-Hadi, que fugiu para a Arábia Saudita.

Riad, por sua vez, entrou no conflito em 2015, liderando uma coalizão aérea contra os rebeldes xiitas.

"Mesmo que os ocorridos no último par de dias seja certamente uma escalada [do conflito iemenita], os EUA estiveram envolvidos neste conflito durante muitos meses", disse Beckerle à Sputnik. "É uma escalada, mas não é uma mudança fundamental no conflito, que já custou a vida de mais de 4.000 civis", disse ela. 

Nesse sentido, segundo a pesquisadora, a Human Rights Watch olha para "os EUA como sendo parte do conflito iemenita desde o primeiro mês de combates, dado o nível de apoio que Washington tem fornecido para a coalizão liderada pelos sauditas". 

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O ataque dos EUA foi realizado após as autoridades norte-americanas terem dito que os rebeldes houthis haviam disparado mísseis contra o USS Mason. Os militantes negaram estas alegações, mas assumiram a responsabilidade pelo ataque a um navio norte-americano operado pelos Emirados Árabes Unidos. 

Anteriormente, a Reuters informou que Washington estava preocupada que sua venda de armas à Arábia Saudita e apoio às ações do país no Iêmen tornariam os EUA passíveis de serem julgados por possíveis crimes de guerra cometidos durante o conflito. 

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