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Anistia Internacional recomenda que Brasil ajude refugiados da América Central

© Divulgação/Anistia InternacionalRefugiados da América Central
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A Anistia Internacional divulgou relatório nesta sexta-feira (14), onde recomenda que o governo brasileiro amplie a acolhida a refugiados vindos de países da América Central.

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Segundo o documento da Anistia Internacional, os governos da América Central estão alimentando uma intensa crise de refugiados ao ignorar a crescente violência e altas taxas de homicídios em El Salvador, Guatemala e Honduras, causadas pelos conflitos entre gangues. "El Salvador, Guatemala e Honduras praticamente se tornaram zonas de conflito onde as vidas parecem descartáveis e milhões de pessoas vivem em constante terror de que membros de gangues ou até das forças de segurança pública possam fazer com elas ou com suas famílias", comenta Salil Shetty, secretário-geral da Anistia Internacional. 

De acordo com o relatório, há uma disparidade entre os países latino-americanos no que diz respeito ao acolhimento de refugiados, e o Brasil teria mais estrutura para aumentar o apoio a essas pessoas.

"O Panamá é a 76ª economia do mundo em termos de PIB bruto, tem 4 milhões de habitantes em um território menor que o estado de Pernambuco e já abriga 3.400 pessoas refugiadas; a Costa Rica é 75ª economia mundial, tem em torno de 5 milhões de habitantes em um território um pouco maior do que o do estado do Espírito Santo e abriga 3600 pessoas refugiadas. Já o Brasil é a 9ª maior economia, sua população de 210 milhões de habitantes está amplamente espalhada em um território de dimensões continentais e, no entanto, abriga apenas 9 mil pessoas refugiadas."

A proposta da organização humanitária internacional é a de que os membros do CONARE (Comitê Nacional para Refugiados) e representantes do executivo federal organizem ainda este ano, um programa destinado a refugiados de Honduras, Guatemala e El Salvador, da mesma forma como foi feito para os refugiados sírios, e ampliar a partir de janeiro de 2017 o seu programa de Reassentamento Solidário de forma que ele passe a incluir pessoas de nacionalidade salvadorenha, hondurenha e guatemalteca, para receber uma quantidade significativa de pessoas em relação à escala da crise na América.

Além disso, a Anistia também recomenda, que tanto o governo quanto a sociedade civil brasileira devem pressionar os governos da América Central a implementarem políticas de proteção às pessoas que retornam a seus países de origem após serem deportadas e a implementar políticas de prevenção e redução de violência armada para permitir condições de vida dignas à população local e prevenir seu deslocamento forçado.


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