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Flerte com britânicos não impede namoro do Brasil com europeus

© Odd Andersen/AFPBrasil Brexit
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As negociações que estão sendo retomadas este mês entre o Mercosul e a União Europeia (UE) não impedem o Brasil de negociar vantagens em separado com a própria UE e a Grã-Bretanha, que está em processo de desligamento do bloco europeu após o plebiscito que votou pela separação, o chamado movimento Brexit.

Ouvido pela Sputnik Brasil, o economista Fernando Pinho, especialista em questões relacionadas a Brics, diz que a saída do reino Unido do bloco europeu criou um efeito complicador para o Brasil. Isto porque, além de ainda ser o centro financeiro mundial, a economia britânica é a segunda do bloco. Assim, acordos que possam ser firmados com a EU não serão necessariamente mais ratificados pelos britânicos.

"O Brasil, apesar de não ter grandes relações internacionais em termos de vulto financeiro com a Grã-Bretanha, sempre foi um braço de entrada de produtos brasileiros no grande espaço europeu. Por outro lado, o Brexit já vinha sendo gestado há muito tempo em função da Grã-Bretanha estar aportando mais recursos para a EU e recebendo muito poucos recursos de lá em função de fluxo de comércio."

Pinho observa, ainda, que a Grão-Bretanha também herdou um problema com os fluxos migratórios, não de refugiados de áreas assoladas por guerras, como Iraque e Síria, mas na questão do deslocamento da mão de obra. Essa é uma questão que ainda suscita muitas dúvidas, segundo o economista, que não descarta uma reviravolta na questão, com o Reino Unido podendo retornar à UE.

"Não creio que haja nenhum trauma com a saída do bloco da União Europeia. Bancos e grandes empresas estão preocupados com problemas decorrentes de pessoas que possam entrar ou não e os expatriados, como vai ficar o problema migratório na área das empresas, como elas vão conseguir gerenciar seus negócios se elas tiverem dificuldade para trazer pessoas de fora ou até mandar pessoas para em suas filiais ou matrizes fora do Reino Unido."

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