"Se a Rússia continuar a seguir o mesmo caminho que segue agora se tornará em um estado malfeitor", acrescentou Johnson.
"Parece-me que, da parte dos grupos antiguerra não há um medo proporcional. Gostaria de ver protestos perante a embaixada da Rússia. Onde está a coalizão Stop the War (Parem a guerra)? Onde estão eles?", disse Johnson.
Johnson já acusara a Rússia de violência e morte de civis na Síria. Segundo ele, "a arma mais potente" que o Ocidente pode usar contra a Rússia é a "vergonha".
Em entrevista à agência russa RIA Novosti, a representante oficial da chancelaria russa, Maria Zakharova, afirmou:
"Pelos vistos, Boris Johnson passou das palavras às ações e usou a arma com a qual ameaçou a Rússia – a vergonha. Realmente temos vergonha dele".
"<…> queria acrescentar que o ministro britânico deve conhecer bem a Convenção de Viena e as responsabilidades do Reino Unido de responder pela segurança das missões diplomáticas russas no seu território", disse Peskov.
A organização não-governamental britânica Stop the War, que Johnson exortou a manifestar-se perante a embaixada russa, recusou-se de organizar protestos dizendo que isso contribuirá para mais "histeria e chauvinismo" contra a Rússia.
O vice-presidente da organização, Chris Nineham, sublinhou que "políticos e a mídia organizaram uma histeria contra a Rússia destinada a apresentar este país como o único problema da Síria".