Kiev teme deserção em massa entre rumores sobre nova onda de mobilização

© AFP 2023 / Yuriy DyachyshynMilitares ucranianos participam dos exercícios
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O presidente ucraniano vetou recentemente uma lei que permitiria aos soldados que cumprem serviço militar em regime de contrato cancelarem seus contratos antes de fim do prazo. Segundo especialista Yuri Sergeev, é simplesmente mais um sinal de que Kiev teme cada vez mais a deserção em massa, enquanto a guerra no leste da Ucrânia continua.

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Discursando no briefing de terça-feira (27), o vice-chefe do Estado-Maior General ucraniano Volodymyr Talalay confirmou que o presidente vetou recentemente a lei que propunha emendas à Lei sobre o Serviço Militar que permitiam aos soldados ucranianos cancelar seus contratos.

Segundo o oficial, as mudanças propostas nesta lei podiam resultar em "consequências negativas" para a defesa nacional da Ucrânia. "Hoje não nos podemos permitir reduzir pessoal nas unidades militares", acrescentou.

Comentando esta decisão em uma matéria de análise para o site de notícias The PolitRussia, o especialista ucraniano Yuri Sergeev disse que "muita coisa está realmente escondida por trás dessas formulações secas" dos altos responsáveis militares ucranianos.

"Em primeiro lugar, isto é um reconhecimento pelos políticos e generais ucranianos de que há cada vez menos ucranianos (…) que têm vontade de lutar contra seus concidadãos em Donbass", explicou o comentador.

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Segundo Sergeev, o objetivo principal da emenda à Lei sobre o Serviço Militar era liberar os homens que foram abrangidos pela primeira vaga de mobilização de 2014, e que estão amarrados por um contrato de serviço militar infinito, porque seus contratos estipulam que eles não podem cancelar o serviço até haver uma decisão especial sobre desmobilização, ou seja, até ao fim da guerra civil.

O jornalista notou que isso os transformou em servos do século XXI.

Sergeev afirmou que a proposta dos legisladores ucranianos de permitir aos militares do país obter a opção de não prolongar o serviço de forma automática podia provocar um "ataque cardíaco em Poroshenko e seus generais".

Uma coisa é falar sobre o "espírito combativo inflexível" e outra é completar o exército com militares.

Na sua opinião, as autoridades não anunciam a sétima onda de mobilização porque não há ninguém para incorporar. Há pessoas, mas somente entre os que já prestaram seu serviço militar no âmbito das primeiras vagas de mobilização.

Assim, há poucas esperanças de que Kiev possa consolidar seu poder militar, mesmo com a ajuda da OTAN e dos EUA.

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