'Ilhas Malvinas não se negociam'

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As declarações e refutações do presidente argentino, Mauricio Macri, sobre a questão das Ilhas Malvinas em Nova York causaram grande polêmica na Argentina.

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Durante uma breve conversa com a primeira-ministra britânica, Theresa May Macri, Macri informou "ter abordado, entre outros temas, a questão da soberania" das Ilhas Malvinas.

Mas rapidamente, a informação foi desmentida pelo Reino Unido que negou o fato de que a palavra "soberania" tinha realmente sido mencionada. Mesmo assim, Macri teve que esclarecer o ocorrido.

A polêmica surgiu depois de a chanceler argentina, Susana Malcorra, e o vice-chanceler britânico, Allan Duncan, terem assinado o acordo em 13 de setembro que abrange várias áreas, como conexão aérea, comércio, pesca, navegação, hidrocarbonetos, mas a palavra "soberania" não chegou a ser mencionada.

Segundo Edgardo Esteban, veterano que guerreou contra o Reino Unido em 1982, as Malvinas não se negociam. Ele fez esta declaração em entrevista à agência Sputnik Mundo.

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Segundo ele, "além de as Malvinas serem uma reclamação soberana da Argentina, as ilhas são parte do território latino-americano".

O veterano indica que se trata não apenas das ilhas, mas de 3,8 milhões de quilômetros quadrados que foram reconhecidos pela ONU neste ano.

Segundo ele, "as Malvinas representam uma das maiores reservas da fauna aquática do Hemisfério Sul". Além disso, nas ilhas está situada a base militar britânica de Mountpleasant considerada maior no sul do Atlântico que tem uma estratégia de ocupar territórios e controla o mar meridional, bem como as passagens entre os dois oceanos – Atlântico e Pacífico, aponta.

Esteban criticou o acordo assinado pela chanceler argentina Malcorra e seu homôlogo do Reino Unido porque o documento dá privilégios "apenas aos britânicos e os habitantes das Malvinas não recebem nada em troca, no que diz respeito à soberania".

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"Qualquer negociação é impossível, pois a Argentina não pode desperdiçar o que já tinha construído, porque tivemos sangue, morte, guerra. Temos que continuar trabalhando em prol da paz, mas este governo está mostrando que está pouco interessado na questão das Malvinas", explica.

O veterano falou sobre a vigência da Declaração de Ushuaia de 2012 que foi aprovada por unanimidade por todas as forças políticas que integram o Congresso da Nação. O documento defende a soberania das Malvinas, denuncia a militarização do Atlântico e estabelece os recursos naturais como patrimônio da Argentina.

Ele indica que a questão das Malvinas não é de competência de um partido político ou de um governo, é assunto que tem que ser resolvido a nível de Estado.

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