WP conta como EUA perderam chance de retomar relações com a Rússia

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Quinze anos atrás, a Rússia e os EUA podiam ter estabelecido uma sólida cooperação na área de segurança, no entanto, a oportunidade foi perdida e agora as relações entre os dois país enfrentam uma de suas piores crises, diz um artigo publicado pelo jornal americano The Washington Post.

"Alguns ex-políticos russos, que tive a oportunidade de entrevistar, lembravam que em 2001 havia a esperança de que a Rússia, os EUA e outros parceiros pudessem criar uma coalizão antiterrorista nos moldes da coalizão anti-Hitler durante a Segunda Guerra Mundial. Vladimir Putin [presidente russo] propôs esse conceito mais uma vez em setembro do ano passado na ONU" – diz o autor do artigo.

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Em particular, segundo ele, Moscou ajudou Washington na luta contra o terrorismo, fornecendo ajuda técnico-material e informações da inteligência à coalizão internacional liderada pelos EUA no Afeganistão para afastar os talibãs do poder.

No entanto, alguns meses após o início da cooperação com a Rússia no Afeganistão, Washginton declarou sua saída do Tratado ABM, para limitar o número de Anti-Mísseis Balísticos (ABM), e, em segunda, os EUA declaram que aceitariam os países bálticos na OTAN em 2004, destaca o autor do texto.

"O presidente George Bush queria melhorar as relações com a Rússia, mas o ministro da Defesa Donald Rumsfeld e outros na administração de Bush não partilhavam desse desejo — eles tinham outras prioridades, como o sistema de defesa antimísseis, a expansão da OTAN e a guerra no Iraque" – diz o artigo.

O autor destaca que a revolução laranja na Ucrânia se tornou um ponto de virada nas relações russo-americanas. Na época, segundo ele, Putin condenou o governo dos EUA de interferir nas eleições ucranianas com o objetivo de apoiar o candidato pró-Ocidente Viktor Yushenko, a fim de comprometer a influência de Moscou.

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Outro obstáculo às relações russo-americanas citado pelo texto foi a intervenção da OTAN na Líbia em 2011 e a morte do líder Muammar Gaddafi. Essas ações da aliança, segundo o artigo, foram tachadas pelo presidente russo de "grave violação" do direito internacional.

O artigo diz que, graças à situação na Ucrânia e às divergências sobre Síria, pode se dizer que as atuais relações entre Rússia e EUA encontram-se "tencionadas". Os antigos políticos dos EUA com quem o autor do texto teve a oportunidade de conversar acreditam a situação atual pode ser interpretada como uma "nova Guerra Fria".

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