China se torna segundo maior país exportador de capitais

© AFP 2023 / WANG ZHAODistrito central de Pequim
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Em 2015 a China ultrapassou o Japão no valor de investimentos diretos no estrangeiro e agora está em segundo lugar no mundo depois dos EUA.

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Isso foi comunicado num relatório do Ministério de Comércio da China e é refletido pelo Secretariado de Estatísticas e Gestão de Moeda do país. O relatório foi apresentado no dia 22 de setembro em Pequim por Zhang Xiangchen, representante do Ministério de Comércio para negociações internacionais.

Para Andrei Volodin, especialista do Centro de Pesquisas Euroasiáticas do Instituto de Problemas Internacionais Atuais da Academia Diplomática do MRE da Rússia, esta situação foi prevista:

"A China considera todas suas atividades geoeconômicas como realização de sua estratégia geopolítica global. A estratégia consiste da criação de condições mais favoráveis para a China, sua existência e seu funcionamento no palco mundial. Há muito tempo que a China deixou de exportar revoluções, de exportar suas ideias. Ela acredita que uma economia viável e os fluxos de investimentos podem resolver os problemas da China a médio e longo prazo. E eu chamo vossa atenção para o fato de a China não perseguir o objetivo de concorrer com o Japão, os EUA, a Índia ou a União Europeia. Ela alcança seus sucessos através de ações concretas em áreas concretas."

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Os observadores destacam que a China associa este avanço nos investimentos com a realização do conceito da nova Rota da Seda. Em particular, isto foi destacado pelo jornal South China Morning Post. O especialista Andrei Volodin não dá tanta ênfase à importância deste conceito, mas reconhece a influência deste fator.

Volodin também assinala que a desagregação de um mundo focalizado nos EUA ocorreu mesmo por causa da exportação de revoluções que os EUA têm realizando desde a desintegração da União Soviética. A China vê os pontos fracos desta estratégia e não vai replicá-la.

O chefe do Centro de Globalização e Modernização da China do Instituto de Economia e Comércio, Wang Zhimin, comenta à Sputnik China este salto no mercado mundial de investimentos.

"Primeiro, é o 'efeito de replicação' como resultado do crescimento contínuo da economia chinesa. Em segundo lugar, o crescimento contínuo da economia de um Estado leva inevitavelmente a um processo em que as exportações de mercadorias puxam a exportação de investimentos. Terceiro, a China é o primeiro país no mundo em quantidade de reservas monetárias, o que é um poderoso apoio para investimentos no exterior. <…> Todavia, a China, em contraste com uma série de outros países desenvolvidos, não acompanha seus investimentos no exterior com diversas exigências políticas."

Apesar de esforços dos EUA, Austrália, Alemanha, Grã-Bretanha e outros países ocidentais para conterem o investimento da China, parece que o país pode estabelecer neste ano um novo recorde em investimentos, fusões e aquisições no exterior.

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