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Brasileiros já compram mais casas em Portugal do que os chineses

© flickr.com / Rodrigo PérezLisboa, Portugal
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Dados mostram que os brasileiros são a terceira nacionalidade que mais adquirem imóveis no país, atrás apenas dos franceses e dos ingleses.

Um estudo divulgado pela Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP) trouxe um dado surpreendente: os brasileiros superaram os chineses como terceira nacionalidade que mais compra imóveis em Portugal, ficando apenas atrás dos franceses e dos ingleses. No segundo trimestre de 2016, 10% das vendas de imóveis no país europeu foram feitos para pessoas do Brasil.

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O investimento estrangeiro em compra de imóveis cresceu 3% no segundo trimestre do ano e representa 23% do total de negócios imobiliários fechados, números que superam o ano anterior. Boa parte dessas compras são feitas por investidores que, além do bem, ganham também o chamado "visto gold" (quando alguém compra um imóvel em Portugal a partir de um determinado valor tem direito a nacionalidade).

O ranking elaborado pela APEMIP mostra que 25% das compras são feitas por franceses, 19% por ingleses, 10% por brasileiros, 8% por suíços e 7% por chineses.

De acordo com o presidente da APEMIP, o relatório também mostrou que Lisboa e Porto são as regiões preferidas dos franceses e dos brasileiros, enquanto os ingleses compram casas no Algarve, no litoral Sul do país. Luís Lima revela que os brasileiros que investem em imóveis em Portugal geralmente são pessoas de classe alta. São investidores com média de idade de 50 anos que adquirem os imóveis para aluguel.

"Os investidores brasileiros estão procurando cada vez mais Portugal. Este é um fenômeno que não é novo, como digo há cerca de dois anos, mas não há dúvida de que é um fenômeno crescente, sobretudo perante a crise econômica, política e social que o Brasil hoje atravessa", afirma Luís Lima. Ele relata uma visita recente que fez a São Paulo, quando confirmou a situação revelada pelo estudo de sua associação.

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"Nesta visita, tive oportunidade de reunir com alguns investidores e potenciais investidores brasileiros que demonstraram o seu interesse em apostar em terras lusas. Não há dúvida de que os investidores brasileiros estão a encaminhar os seus investimentos para Portugal. Só no Consulado Geral de Portugal são, em média, atribuídas por mês, 800 novas cidadanias portuguesas a cidadãos brasileiros que assim adquirem a dupla nacionalidade. São investidores brasileiros que deixam de ser contabilizados pelas estatísticas portuguesas como tal, perante a dupla nacionalidade. Na verdade, o investimento brasileiro em Portugal é muito maior do que se pensa. E seria ainda maior se os registos centrais de Portugal não demorassem cerca de cinco meses a legalizar cada novo cidadão português", diz o presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal.

Mas os motivos que fazem os brasileiros comprarem casas em Portugal são muitos. Vão desde investidores que optam por adquirir imóveis para alugar até história pessoais de imigrantes. No caso da brasileira Lina Ribeiro, que conversou com a Sputnik, o que a trouxe para Lisboa foi o amor. Lina conta que conheceu seu atual marido, que é português, pela internet em 2009. E foi justamente por essa via que eles encontraram o lar que hoje dividem na Quinta dos Lírios, região ao Sul do rio Tejo.

"Um ano depois vim conhece-lo e acabei por ficar aqui, estou há quase 6 anos", conta Lina. O casamento foi em 2011 e depois disso eles iniciaram a procura pelo lar.

"Desde que cheguei morei na casa da minha sogra", explica a brasileira. "Compramos um T2 (apartamento de dois quartos) na margem Sul do rio Tejo. O apartamento é muito bem localizado, bem servido de transportes", conta.

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Foi pela internet que Lina e o marido encontraram a casa. Ela conta que contatou o mediador por um site de anúncios e que "não demorou muito" a fechar negócio. "Não sofremos com nenhuma burocracia, até por sermos casados no civil", diz. Ao comparar a busca pela casa em Portugal com o Brasil, Lina comenta que "embora seja mais burocrático" se sentiu mais segura.

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