O acordo alcançado na última sexta-feira entre Kerry e ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, em Genebra, prevê a redução da violência por um período de sete dias e aumentar a entrega de ajuda humanitária.
Se a trégua for observada, os exércitos dos Estados Unidos e da Rússia começariam a coordenar ataques aéreos contra militantes da Frente Nusra e do Daesh (Estado Islâmico) em uma área acordada.
"É a última chance de manter a Síria unida", disse Kerry em entrevista à rádio NPR. "Se falharmos agora em alcançar o cessar-fogo e não podermos chegar à mesa (de negociações), então a luta vai aumentar significativamente".
"Qual é a alternativa? A alternativa é permitirmos passar de 450.000 pessoas que foram mortas para quantos milhares mais? Que Aleppo seja completamente invadida? Que os russos e Assad simplesmente bombardeiem indiscriminadamente ao longo dos próximos dias e nós sentamos sem fazer nada?", questionou Kerry.
Altos funcionários militares e da inteligência dos Estados Unidos têm criticado o plano ao sustentar que a Rússia não é confiável. O acordo prevê que o Exército norte-americano compartilhe informações sobre alvos de ataque a militantes com as forças russas. Kerry destacou que o plano tem o apoio do presidente Barack Obama, com quem ele se reuniu na última terça-feira.