China nega implantação de jatos stealth na fronteira com a Índia

CC BY 2.0 / Times Asi / Caça chinês J-20, com tecnologia stealth
Caça chinês J-20, com tecnologia stealth - Sputnik Brasil
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O Exército de Libertação Popular da China negou que esteja deslocando caças stealth Chengdu J-20 para o aeroporto de Daocheng Yading, perto da fronteira com a Índia. Por meio de comunicado oficial, Pequim explicou que tal manobra seria estúpida tanto em termos estratégicos como diplomáticos.

Rumores de que a China estaria posicionando esses jatos na região surgiram logo após a publicação de uma foto nas redes sociais mostrando os aviões chineses supostamente estacionados nesse aeroporto, dias depois de Pequim se queixar com Nova Deli sobre a implantação de mísseis BrahMos na fronteira entre os dois países.

Embora a Índia tenha respondido de maneira pouco diplomática às reclamações da sua grande vizinha, dizendo que sua percepção de ameaça e a organização dos seus recursos de defesa dentro do seu território não dizem respeito a outros países, a China divulgou uma nota negando as acusações referentes aos jatos.

"O maior aeroporto do mundo não dispõe de um conjunto completo de instalações de apoio, e tal escassez impediria o funcionamento dos J-20. Jatos J-20 não serão instalados no aeroporto de Daocheng Yading, uma vez que este está muito perto da fronteira, vulnerável a um primeiro ataque indiano. Se a Índia vai implantar mísseis BrahMos na fronteira com a China, então o aeroporto de Daocheng Yading será provavelmente um alvo".

Além da questão logística, o comunicado também destaca aspectos diplomáticos para não deslocar seus caças stealth para a região. 

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"Especialistas têm dito que, para a Índia, a China é certamente o seu maior oponente. Sendo assim, qualquer movimentação militar chinesa irá enlouquecer a mídia indiana", diz o texto. "A Índia não é ainda a maior ameaça para a China, e embora eventos de confrontação ocorram de tempos em tempos, a situação geral é bastante estável". 

Para finalizar, o exército chinês disse que o foco de Pequim é fortalecer a sua defesa, e não hostilizar outras nações. 

"Nesse sentido, a China não põe muita ênfase e foco na Índia. A implantação de equipamentos e os exercícios ao longo da fronteira são em sua maioria confirmatórios, principalmente para ganhar experiência, melhorar as capacidades de combate em altas altitudes e formar habilidades de dissuasão". 

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