Aviões dos EUA interceptados queriam descobrir segredo de novíssimos submarinos russos

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Submarino da classe Varshavyanka - Sputnik Brasil
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Os aviões de reconhecimento da Marinha norte-americana P-8 Poseidon, que foram interceptados por aeronaves russas Su-27, tentaram alegadamente observar os exercícios Kavkaz 2016, que se realizam no mar Negro, e em particular os submarinos mais novos da Rússia que são tão silenciosos que a OTAN os denominou de "buraco negro".

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O incidente teve lugar em 7 de setembro quando alguns P-8 fizeram duas tentativas de se aproximarem do espaço aéreo russo sobre o mar Negro, informou o Ministério da Defesa russo. Eles voavam com os transponders desligados.

Aviões Boeing P-8 Poseidon são destinados para combate contra submarinos, interdição de navios e inteligência de sinais eletrônicos. As aeronaves foram colocadas na região em agosto.

Dois dias antes do incidente, em 5 de setembro, no mar Negro se iniciaram os exercícios Kavkaz 2016. O analista Oleg Moskvin destacou que dos exercícios participam quatro submarinos diesel-elétricos do Projeto 636 Varshavyanka. Na sua opinião, expressada na matéria no jornal Vzglyad, estes submarinos eram o alvo dos P-8 norte-americanos.

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Segundo o site The Global Security, submarinos deste tipo possuem tecnologia furtiva, alcance de combate ampliado e uma capacidade de fazer fogo contra alvos terrestres, marítimos e submarinos. Estes submarinos polivalentes que produzem ruído reduzido são equipados com 18 torpedos, 24 minas, oito mísseis superfície-ar 9K34 Strela-3 e um número não definido de mísseis de cruzeiro Kalibr 3M54.

Os submarinos Varshavyanka são destinados a realizar missões contra navios e submarinos em águas pouco profundas.

"Aparentemente, os aviões-espiões norte-americanos estavam interessados nestes submarinos", destacou Moskvin.

Parece que não havia qualquer necessidade de enviá-los, porque o Ministério da Defesa da Rússia convidou adidos militares de 60 países e cerca de 100 jornalistas estrangeiros para observar os treinamentos.

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O especialista na aérea de defesa Vadim Kozyulin disse que o incidente faz parte de uma prática antiga, que era popular no período da Guerra Fria. 

Destacou também que as partes tentam tomar medidas para controlar tais incidentes, mas "ainda não foram concluídos quaisquer documentos". Ele mencionou o incidente no qual morreu um piloto chinês quando não conseguiu desviar sua aeronave de um avião-espião dos EUA. As partes assinaram um acordo conhecido como "Regras de comportamento para assegurar a segurança em encontros aéreos".

Kozyulin afirmou que os EUA e a Rússia precisam de assinar um documento semelhante.

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