Metamorfoses na atitude perante Putin é nova tendência na política mundial

© Sputnik / Aleksei Druzhinin / Acessar o banco de imagensPresidente russo Vladimir Putin durante o encontro com a chanceler alemã Angela Merkel na cúpula do G20 em Hwanghae, China, 4 de setembro de 2016
Presidente russo Vladimir Putin durante o encontro com a chanceler alemã Angela Merkel na cúpula do G20 em Hwanghae, China, 4 de setembro de 2016 - Sputnik Brasil
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A cúpula do G20, do clube dos países desenvolvidos e em desenvolvimento mais influentes do mundo, encerrou no dia 5 de setembro em Hangzhou. Mas durante a cúpula não foram aprovadas nenhumas decisões estratégicas muito importantes.

Durante os últimos dois anos, as cúpulas de G20 se tornaram um meio de determinar o estado de espírito do Ocidente em relação à Rússia. Neste contesto é muito interessante comparar a atitude em relação à Rússia que foi observada na cúpula em Brisbane, depois em Antália e agora em Hangzhou.

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A cúpula na cidade australiana de Brisbane, em 2014, foi marcada pela atitude exageradamente gelada em relação ao presidente da Rússia Vladimir Putin. Mas, um ano depois, na cidade turca de Antália algo mudou: a atitude do Ocidente perante as sanções contra a Rússia se transformou. As sanções não foram levantadas, mas todos perceberam que elas não deram resultado.

Depois da operação russa na Síria, o tom da mídia internacional mudou significativamente. Por exemplo, a edição Financial Times escreveu sobre a metamorfose do "Mr. Putin" em um dos jogadores mais importantes na resolução de problemas mundiais.

Neste ano, segundo a opinião do cientista político russo Sergei Manukov da revista Expert, a tendência para considerar a Rússia uma aliada importante do Ocidente se fortaleceu mais ainda neste ano.

"Durante os três dias em Hangzhou, o presidente russo Putin se reuniu com Chefes de Estado de 10 países: França, Alemanha, Reino Unido e outros. Não é preciso nomear todos, basta falar sobre os Estados Unidos. A reunião de Obama e Putin foi organizada por iniciativa do lado americano. E, em minha opinião, a cúpula em Hangzhou determinou finalmente o equilíbrio de poderes no mundo, em qualquer caso no outono de 2016. Agora, mesmo para os vários céticos e detratores da Rússia é claro: as sanções realmente fracassaram, elas só têm feito mal a todos. Ao mesmo tempo, todos percebem de forma mais clara que os problemas globais não podem ser resolvidos sem a Rússia."

A propósito, o Japão foi o primeiro país que expressou a vontade para voltar ao formato de G8. O primeiro ministro japonês Shinzo Abe declarou isso durante a cimeira em Antália no ano passado.

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Agora, o governo do Japão procura desenvolver a cooperação multilateral com a Rússia, antes de obter progressos na resolução do problema territorial entre os dois países nas Ilhas Curilas. Parece que Shinzo Abe percebeu que a cooperação será mais frutífera do que os desacordos que já duram há vários anos, destaca o especialista.

Sinais semelhantes são agora dados pelos parlamentos europeus. Os membros da União Europeia querem estabelecer uma cooperação construtiva entre a Rússia e o Conselho da Europa. Será que isto mostra que as metamorfoses de Putin se tornaram um trend na política mundial? A próxima cúpula de G20 irá mostrar.

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