Disputas territoriais podem frear cooperação entre Rússia, China e Japão?

© AFP 2023 / YOMIURI SHIMBUN / Acessar o banco de imagensGuarda costeira japonesa usa canhões de agua na disputa territorial de Senkaku
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Reivindicações territoriais e confrontos contínuos entre a China e os EUA são capazes de frustrar qualquer tentativa de estabelecer a segurança coletiva no Círculo do Pacífico.

Os laços entre Rússia, China e Japão nesta região estão assumindo importância cada vez maior, abrangendo, além da política, a economia e a segurança.

Porém, ultimamente as disputas territoriais têm dominado a agenda no relacionamento entre os três países. Mesmo o Japão achando que os laços russo-chineses são direcionados contra o país, a Rússia não planeja se integrar a bloco algum no Círculo Pacífico.

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Dmitry Streltsov, especialista em política externa japonesa, revelou em entrevista à Sputnik que a Rússia, ao invés de se integrar a alguma aliança, busca abordagens que visam equilibrar conflitos.

É por essa razão que a Rússia não apoia a China na disputa territorial com Tóquio sobre as ilhas Senkaku. Segundo Streltsov, a China repetidamente requereu ajuda à Rússia sobre o assunto, em troca de apoio na questão das ilhas Curilas, recebendo resposta negativa da Rússia em todas as tentativas.

Quanto à possibilidade de estabelecer laços mais estreitos entre a Rússia e o Japão, o especialista russo informou o seguinte:

"Ambas as partes têm posição bem definida: enquanto o Japão insiste que não há nenhuma disputa territorial, a China afirma que o assunto tem que ser reconhecido como disputa territorial. Acho que eles não vão desistir disso, não importando quem atue como mediador".

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Ao mesmo tempo, Streltsov ressalta que a Rússia não se opõe à cooperação entre os EUA e o Japão, com exceção do posicionamento dos sistemas de defesa antiaérea THAAD na Coreia do Sul, o que, segundo ele, "poderá alterar equilíbrio do poder na região e criar nova ameaça à segurança global".

Streltsov frisa que a Rússia precisa de estabilidade e de "uma espécie de sistema de segurança coletiva no Círculo do Pacífico". Segundo ele, a Rússia "possui grande potencial" neste contexto.

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