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Fora do top 10 de medalhas, dirigentes fazem balanço positivo do Brasil na Olimpíada

© Brasil 2016Brasil é medalha de prata na canoa dupla de 1000m com Isaquias e Erlon.
Brasil é medalha de prata na canoa dupla de 1000m com Isaquias e Erlon. - Sputnik Brasil
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Mesmo não batendo a expectativa do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) de que país ficasse no top 10 dos países olímpicos do quadro de medalhas, dirigentes do Time Brasil vêem a 13ª colocação como positiva, sendo a melhor da história.

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Imprensa internacional elogia festa de encerramento dos Jogos
Em coletiva à imprensa nesta segunda-feira (22) cinco dirigentes do Time Brasil: Jorge Bichara, Marcus Vinicius Freire, Carlos Nuzman, Bernad Rajzman e Adriana Behar, fizeram um balanço sobre a participação dos atletas nos Jogos Olímpicos. O Brasil ganhou 19 medalhas, sendo sete de ouro, seis de prata e seis de bronze. 

O Presidente do COB,  Carlos Nuzman abriu o encontro com os jornalistas afirmando que o dever foi cumprido em uma Olimpíada com uma diversidade de países com medalhas de ouro.

"Nós temos o dever cumprido. Um dever cumprido em uma Olimpíada que tem características que a gente já vem falando há algum tempo. A diversificação de resultados por continentes e por países. Países que ganharam medalhas pela primeira vez na história, pode ser ouro, prata, bronze, mas foram os primeiros ganharem, também os primeiros a fazer finais. Se pegarmos os números dos primeiros colocados (no quadro de medalhas), vão ver que esse numero é abaixo do que eles vinham também conquistando. Os Jogos Olímpicos vem trazendo essa universalidade de um maneira muito intensa. Cada vez mais em benefício da juventude, em benefícios dos futuros atletas do amanhã e também daqueles que vão trabalhar no esporte fora das atuações como atletas."

Nuzman ressaltou que as conquistas dos atletas durante os Jogos Rio 2016 retratam uma mudança estratégica extraordinária no esporte brasileiro.

"Era muito difícil imaginar a repercussão dos Jogos Olímpicos aqui no Brasil da maneira como eles foram. Os atletas e a torcida brasileira foram espetaculares em todos os sentidos. Acho que isso vem abrir as portas que sempre desejamos para o futuro do esporte brasileiro.  Quando se fala de futuro, se fala de modalidade que até então nós não tínhamos popularidade, mas nós tivemos resultados importantes e tivemos a torcida presente em várias dessas modalidades. Isso, para nós, é muito importante, porque ninguém chega a um estágio de ser campeão, de estar entre os primeiros do mundo, se ele não passar por certos estágios, e aí sim. ele poderá concluir seu trabalho."

Para o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, os atletas brasileiros foram heróis, mesmo aqueles que não ganharam uma medalha para o país.

"Os atletas brasileiros são heróis Olímpicos, independente de medalhas ou não. Eles foram extraordinários. Todos eles merecem o nosso reconhecimento e agradecimento. A atuação de cada um deles foi direcionada para ter a sua melhor performance, seja individual, seja por equipe. Muitos tiveram resultados que até então ninguém poderia imaginar. Este é um caminho. O objetivo é o reconhecimento ao esforço, a dedicação dos atletas brasileiros."

Já o Diretor executivo de esportes do COB, Marcus Vinicius Freire destacou o aumento de conquistas de medalhas, que vem crescente desde Jogos de Atenas, em 2004, quando foram 10 medalhas para as 19 de agora, dando como o Brasil nunca ter sido medalhista na canoagem, por exemplo, e desta vez ganhou duas pratas e um bronze. Marcus Vinicius Feire ainda ressaltou que o Brasil ganhou medalha em 12 modalidades olímpicas, e ainda parabenizou os atletas que ficaram perto do pódio, em 4º ou 5º lugar.

"Número inédito de medalhas conquistadas, 19. Mais do que o dobro do número de medalhas de ouro, o Brasil tinha ganho três (Londres 2012), passamos para sete. Tivemos número recorde de finais, mais de 70, isso foi um salto total de qualidade, o dobre de finais, e o aumento da cesta de modalidades, que para nós é o principal sinal de que o futuro vai ser ainda melhor. 12 modalidades medalhistas e 17 modalidades, em quarto ou quinto lugar isso faz muita diferença."

Ao ser questionado sobre o fato do Brasil não ter conseguido ficar entre os dez primeiros países no ranking Olímpico, e que o crescimento do número de medalhas conquistadas foi muito maior por parte de outros países que foram sede dos Jogos no passado, o Diretor executivo de esportes do COB destacou que a meta do top 10 era ousada e que o Brasil não ficou tão atrás, se comparado com os outros países que tem anos de investimentos no esporte à frente do Brasil.

"A meta (de ficar no top 10) foi difícil e ousada. Saltar do 16 lugar para o 10 lugar não era fácil, mas era factível. Tanto se mostrou que era factível, que nós ficamos apenas três medalhas abaixo dessa meta. Qual a diferença para os outros países que estão a nossa frente? Eles estão há vários quadriênios fazendo investimentos, que nós tivemos nesse. O Brasil está no caminho. Nós precisamos é ter mais alguns quadriênios com essa forma de financiamento, e com essa forma de planejamento e operação profissional que nós tivemos nos últimos anos para continuar crescendo." 

Sobre o futuro dos programas de incentivo aos atletas, Marcus Vinícius destacou a expectativa de que as três principais ações do governo sejam renovadas, mas garantiu que a diminuição de investimento não vai abalar, que o Brasil não tem mais uma dependência de um único investidor.

"As três ações principais do governo são leis: Incentivo ao esporte, Agnelo/Piva e Bolsa Atleta, que inclui a Bolsa Pódio. Nós esperamos que essas leis sejam renovadas ou continuadas e isso deve acontecer. A outra parte importante, é que as Confederações que fizeram um bom trabalhos nos últimos seis anos, vão continuar com patrocinadores privados, que entenderam a importância de ligar suas marcas ao esporte Olímpico brasileiro e tiveram retornos gigantes com esse apoio da torcida e a visibilidade que os Jogos deram a muitas modalidades. O temor dos atletas não se refere a patrocinadores, é sobre a Bolsa Pódio e a Bolsa Atleta. É fundamental para 2020. Todos os atletas pediram para que o Governo Federal mantenha esse investimento."

O presidente do COB, Carlos Nuzman explicou que até 31 de dezembro os patrocinadores que estão no Comitê Olímpico Brasileiro não vão mudar, e que os patrocínios entre as confederações ou atletas, o caso é tratado entre eles, ressaltando que o COB está trabalhando para que após 1º de janeiro novos patrocínios sejam garantidos.

Nuzman finalizou dizendo que os Jogos foram um sucesso, ironizando quem estava torcendo contra. "O mundo se curvou ao Brasil. Como presidente do Comitê Organizador, fico feliz de ter esse reconhecimento nacional e internacional especialmente por aqueles que falaram bem mal em vários aspectos. Hoje tiveram que engolir." 

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