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Base aliada: cartilha do PT mostra ao mundo linchamento político de Lula

© Ricardo Stuckert/PRLula cartilha
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A cartilha “A Caçada Judicial ao Ex-presidente Lula”, lançada pelo PT em quatro idiomas (português, inglês, francês e espanhol), denuncia ao Brasil e ao mundo o maior linchamento político já feito a um ex-presidente do Brasil, segundo partidos da base aliada da presidente afastada Dilma Rousseff.

Com uma tiragem de 5 mil exemplares, dos quais 1 mil em línguas estrangeiras, o documento mostra que Lula é alvo da mais violenta campanha de difamação contra um homem público em toda a história recente do Brasil. Segundo a cartilha, "agentes partidarizados do Estado, do Ministério Público, da Polícia Federal e do Judiciário mobilizaram-se com o objetivo de encontrar um crime, qualquer um, para acusar Lula e leva-lo aos tribunais".

A cartilha cita o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o juiz Sérgio Moro, encarregado do julgamento dos processos da Operação Lava a Jato, e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, entre outros, de violarem 12 direitos constitucionais do ex-presidente, entre eles o direito sagrado de ir e vir.

Arbitrariedade, sequestro, abuso de autoridade, violência e difamação são alguns dos crimes citados no documento para justificar a perseguição feita pelo governo interino do presidente Michel Temer. Tais tentativas foram consolidadas esta semana na decisão do ministro do STF Teori Zavascki  de incriminar Lula, Dilma e outros ministros do governo deposto, por obstrução à Justiça. O documento cita ainda o conluio de boa parte da imprensa brasileira em apoiar essa campanha, com o intuito de criminalizar Lula e impedir sua candidatura às eleições de 2018.

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Para o secretário de Política e Relações Internacionais do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), José Reinaldo Carvalho, a cartilha do PT é um documento benvindo que vai esclarecer o público brasileiro e o internacional sobre "a verdadeira caçada" a que Lula vem sendo alvo, com o objetivo de impedir sua candidatura à eleição presidencial de 2018.

"É a tentativa de boa parte da imprensa e da oposição de comprometer a candidatura do maior líder popular e da história republicana do Brasil, um líder que é capaz de derrotar esses partidos, as oligarquias e a burguesia brasileiras, a fim de criar uma situação jurídica que impeça essa alternativa."

Apesar da gravidade das denúncias, Carvalho admite que a reação no exterior pode ser limitada em função da essência da diplomacia mundial, que evita ao máximo a intenção de interferência na vida política dos países. Ainda assim, segundo ele, os formadores de opinião, tanto no Brasil quanto no exterior, ganham novos subsídios para uma análise isenta do que está ocorrendo no país.

"Como secretário de Política e Relações Internacionais do PCdoB, tenho sido perguntado em vários países quais as verdadeiras razões desses ataques a Lula e o que está por trás de tudo isso."

Carvalho diz, ainda, que as tentativas de legitimar representatividade ao presidente interino Michel Temer têm se demonstrado “ridículas”.

"Com todo respeito ao povo da Armênia, a visita do presidente Serzh Sargsyan a Temer, no último dia 12, é uma manobra diplomática deplorável, uma exibição inútil de prestígio por parte de um governo golpista. Agora, por ocasião dos Jogos Olímpicos no Rio, o próprio presidente português, Marcelo Rebelo de Souza, representante de uma coligação de direita, ignorou Temer em sua passagem pelo Brasil. Esse é um governo sem prestígio e reconhecimento internacional."

O secretário do PCdoB critica ainda a postura adotada pelo Brasil na América do Sul, com as tentativas de sabotar a Venezuela em assumir a presidência rotativa do Mercosul desde 31 de julho, após o fim do mandato do Uruguai nos últimos seis meses, conforme previsto nas regras do bloco.

"Vemos o Brasil pressionando, pajeando e chantageando o Uruguai para que ele não realize essa transferência."

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