Pequim cruza 'linha vermelha' de Washington no mar do Sul da China

CC BY-SA 2.0 / Naval Surface Warriors / Littoral Combat Ship USS Fort Worth (LCS 3)O helicóptero estadunidense MH-60R Seahawk está decolando do navio USS Fort Worth (LCS 3) no mar do Sul da China
O helicóptero estadunidense MH-60R Seahawk está decolando do navio USS Fort Worth (LCS 3) no mar do Sul da China - Sputnik Brasil
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Os militares chineses aumentaram significativamente a sua presença em torno das ilhas em disputa no mar do Sul da China, enviando uma mensagem clara para Washington.

Enquanto Pequim continua suas reivindicações territoriais no mar do Sul da China, Washington mantem a posição inflexível sobre a ilha Scarborough Shoal. Localizada a nordeste do arquipélago Spratly, a ilha é reivindicada pela China, Taiwan e Filipinas, e os EUA tem afirmado que quaisquer tentativas de militarizar a região significará cruzar a "linha vermelha".

De acordo com representantes do Pentágono, Pequim acaba de cruzá-la.

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Ultimamente, o número de navios de patrulha marítima chineses em torno da ilha Scarborough Shoal tem aumentado significativamente. As autoridades norte-americanas afirmaram que no momento na região permanecem mais de uma dúzia de navios chineses.

Além de navios de patrulha, Pequim também permitiu que centenas de embarcações pescassem nas águas ricas em recursos marinhos em torno de Scarborough Shoal. Pequim usou uma tática semelhante no mar da China Oriental, onde o país procurou legitimar a sua reivindicação sobre as ilhas Senkaku, reivindicadas pela China (onde elas são conhecidos como como Diaoyu) e pelo Japão.

​Em 12 de julho o Tribunal Permanente de Arbitragem de Haia concluiu que não há base legal para que a China reivindique seus direitos históricos na zona económica exclusiva na área das ilhas Nansha (Spratly).

Segundo o tribunal, as exigências da China contradizem a Convenção das Nações Unidas de 1982 sobre o Direito do Mar.

O tribunal, composto por cinco juízes, também acusou a China de violar a soberania das Filipinas e de "causar graves danos aos recifes de coral", pela construção de ilhas artificiais.

​Vários países da região, incluindo a China, o Japão, o Vietnã e as Filipinas, têm desacordos sobre as fronteiras marítimas e zonas de influência no mar do Sul da China e no mar da China Oriental. Pequim afirma que alguns desses países, como as Filipinas e o Vietnã, aproveitam o apoio de Washington para escalar a tensão na região. Tanto os EUA quanto a China realizam regularmente exercícios militares na área e se acusam mutuamente de militarizá-la.

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Em janeiro de 2013, as Filipinas contestaram unilateralmente, no Tribunal Internacional do Direito do Mar, as reivindicações chinesas em relação a uma série de territórios no mar do Sul da China, mas Pequim se recusou oficialmente a abordar tais questões no âmbito jurídico internacional. A China inicialmente se recusou a tomar parte no processo, considerando o pedido unilateral das Filipinas como ilegal. Pequim sempre insistiu que o tribunal não tem competência para apreciar a questão, que diz respeito a disputas territoriais.

Os Estados Unidos não têm nenhuma reivindicação territorial na região.

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