Rússia está se preparando para 'exame' da ONU sobre Ártico

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A Rússia pretende discutir seu pedido revisado de ampliação da sua plataforma continental no Ártico duas vezes por ano na ONU. A primeira sessão vai decorrer entre 8 e 12 de agosto.

Em fevereiro de 2016, a Rússia apresentou o pedido revisado. O país reclama uma área do fundo marítimo além da zona de 200 milhas marítimas que compõe sua zona econômica exclusiva, incluindo o Polo Norte

Segundo o ministro russo dos Recursos Naturais e Ambiente, a consideração do pedido levará entre três e cinco anos. 

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"Prevê-se realizar a primeira discussão detalhada do pedido russo. Após esta sessão, acho, vamos ver quais os problemas principais que serão discutidos pela comissão. O regime habitual de avaliação do requerimento é duas vezes por ano. Ninguém ainda sabe quantas sessões haverá. São trabalhos para uns anos", disse o vice-diretor da Geologia do Instituto da Oceanologia russo, Leopold Lobkovsky.

A delegação russa será composta por representantes do Ministério dos Recursos Naturais e Ambiente, Chancelaria, Ministério da Defesa e Academia de Ciências da Rússia. A comissão da ONU, por sua vez, é composta por sete pessoas de vários países.

"Se calhar, os membros da comissão já têm conhecimento do nosso pedido e vão fazer perguntas adicionais sobre capítulos concretas do pedido: geomorfologia do Oceano Ártico, dados sísmicos. De acordo com os resultados do trabalho, vão dar-nos uma lista de observações, recomendações que deveremos corrigir até a próxima sessão, que terá lugar em novembro", adicionou o especialista.

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Em 20 de dezembro de 2001, a Rússia enviou um requerimento especial às Nações Unidas propondo estabelecer os limites externos da plataforma continental russa fora da sua ZEE, mas dentro do setor russo do Ártico. O pedido russo foi rejeitado em 2002 devido a alegada ausência de evidências geológicas. Em 4 de agosto de 2015, a Rússia enviou mais uma vez o pedido com novas evidências baseadas em "amplos dados científicos coletados durante anos de pesquisas no Ártico". Esta é a última tentativa da Rússia de alargar seus territórios árticos.

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