Ucrânia e Rússia ficam sem embaixadores

© Sputnik / Stringer / Acessar o banco de imagensMarcas de tinta e ovos no edifício da embaixada russa em Kiev, Ucrânia, 9 de março de 2016
Marcas de tinta e ovos no edifício da embaixada russa em Kiev, Ucrânia, 9 de março de 2016 - Sputnik Brasil
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Na quarta-feira (3), Kiev anunciou que não tem intenções de aceitar a candidatura do novo embaixador russo na Ucrânia.

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A vice-ministra ucraniana das Relações Exteriores, responsável pelos assuntos da integração europeia, Elena Zerkal, disse em entrevista ao canal televisivo Pyaty Kanal que este assunto foi retirado da agenda no departamento.

"Este assunto foi retirado da agenda. <…> Com certeza, a Ucrânia já resolveu esta questão em 2014 tendo retirado o seu embaixador [da Rússia sob a sua iniciativa – red.] Ali trabalha um encarregado de negócios interino. Como já estamos limitados em termos de trabalho normal na Rússia, penso que [a recusa de nomear o novo embaixador russo] não afetará de modo algum [as relações entre os dois países]. O que é mais importante é que o papel do embaixador precedente [da Rússia] no desenvolvimento das relações era mínimo", afirmou Zerkal.

Há que lembrar que em 28 de julho o presidente russo afastou Mikhail Zurabov do seu posto de embaixador russo na Ucrânia. O Ministério das Relações Exteriores da Rússia informou que o encarregado de negócios interino na Ucrânia é agora Sergei Toropov. Altos responsáveis russos afirmaram que a demissão de Zurabov não teve a ver com o seu trabalho, mas foi feita a seu próprio pedido.

O porta-voz do presidente russo Dmitry Peskov disse que a Rússia enviou o agrément com a candidatura de Mikhail Babich.

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O vice-presidente do Comitê para Assuntos Internacionais da Duma de Estado (câmara baixa do parlamento russo), Leonid Kalashnikov, disse que a Ucrânia tomou tal decisão para satisfazer as exigências dos radicais.

"Eles satisfazem desta forma ou tentam agradar a alguns radicais que exigem um rompimento das relações diplomáticas com a Rússia. Por isso, como pensam que estão em estado de guerra, decidiram aproveitar da situação da demissão do embaixador precedente para não nomear um novo", disse Kalashnikov à agência noticiosa russa RIA Novosti.

De referir que a recusa de aceitar um novo embaixador não significa o rompimento das relações diplomáticas entre os dois países mas as coloca ao nível mais baixo possível.

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