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Médicos alertam: Hospitais das Olimpíadas estão superlotados

© Ricardo Cassiano/ Prefeitura do RioHospital Alberto Schweitzer
Hospital Alberto Schweitzer - Sputnik Brasil
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No início do mês passado o Cremerj (Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro) inspecionou os cinco hospitais municipais da cidade do Rio destinados a atender o público das Olimpíadas. Os resultados da fiscalização não foram nada tranquilizadores: os cinco hospitais estão superlotados.

Falando à Sputnik Brasil sobre os problemas encontrados nos Hospitais Salgado Filho, Souza Aguiar, Lourenço Jorge, Miguel Couto e Alberto Schweitzer, o médico Nélson Nahon, vice-presidente do Cremerj, explicou a situação:

“O que consideramos superlotação? As salas vermelhas destes hospitais, destinadas aos pacientes em estado grave, estavam totalmente lotadas, com 100% de ocupação, e algumas delas contando até com leitos extras. As salas amarelas, reservadas a pacientes que necessitam de tratamento semi intensivo, também estavam lotadas. Um exemplo deste fato foi constatado no Hospital Salgado Filho, que na sala amarela possui 7 leitos masculinos e 7 femininos, e estava com 40 leitos ocupados, com várias macas praticamente encostadas umas nas outras. No Salgado Filho e no Lourenço Jorge, encontramos pacientes em macas recebendo tratamento nos corredores.”

O Dr. Nélson Nahon destacou a antecedência com que este trabalho de fiscalização foi realizado pelo Cremerj:

“Como autarquia federal que é, o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro exerceu as suas funções fiscalizatórias há quase um mês, alertando as autoridades municipais para os problemas encontrados. O que chamou a nossa atenção foi a falta de leitos de retaguarda. Estes leitos, em torno de 130, foram criados nos hospitais federais que funcionam no Rio. E como estes 130 leitos foram criados? Diversas cirurgias não prioritárias, as chamadas eletivas, foram adiadas para que os pacientes pudessem abrir vagas que atendessem a esta necessidade. Estes pacientes sofrerão consequências pelo adiamento? Evidentemente que sim. Mas a prioridade da rede municipal do Rio, no momento, é dispor de infraestrutura necessária para atendimento aos casos graves que vierem a surgir durante as Olimpíadas.”

Outra grande preocupação do Cremerj é a possibilidade de os 5 hospitais terem de atender a pacientes de eventos de múltiplas vítimas:

“Deus permita que nada de ruim aconteça, como, por exemplo, algum atentado terrorista. Se isto ocorrer, será um problema muito sério. Faltam leitos de CTI, embora não faltem médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem. A Prefeitura contratou vários profissionais destas três áreas mas não conseguiu resolver os problemas de superlotação e da falta de vagas nos Centros de Terapia Intensiva. Porém, vamos aguardar e torcer para que nada de grave aconteça durante as Olimpíadas.”  

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