Comunidade muçulmana se recusa a sepultar assassino de clérigo

© REUTERSEsta imagem tomada de vídeo mostra dois homens, Abdel-Malik Nabil Petitjean e Adel Kermiche, que estão por trás do ataque contra a igreja na Normandia neste vídeo lançado 28 de julho de 2016
Esta imagem tomada de vídeo mostra dois homens, Abdel-Malik Nabil Petitjean e Adel Kermiche, que estão por trás do ataque contra a igreja na Normandia neste vídeo lançado 28 de julho de 2016 - Sputnik Brasil
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A comunidade muçulmana em Saint-Étienne-du-Rouvray, no norte da França, onde dois jihadistas cortaram a garganta ao padre Jacques Hamel, se recusa a enterrar um dos atacantes, dizendo que ele manchou o Islã.

O argelino de 19 anos Adel Kermiche foi um dos dois atacantes que mataram o padre de 85 anos de idade e feriram gravemente um paroquiano idoso. Cidadão francês, Adel Kermiche estava morando em Saint-Étienne-du-Rouvray e tentou se juntar a jihadistas islâmicos na Síria em 2015.

"Nós não vamos manchar o Islã com essa pessoa", disse ao jornal Le Parisien Mohammed Karabila, líder da mesquita local. "Nós não vamos participar na preparação do corpo ou no enterro."

Um paroquiano muçulmano, Khalid El Amrani, apoiou a decisão, dizendo que a recusa de enterrar o terrorista é "normal".

"O que esse rapaz fez é pecado", disse o engenheiro de 25 anos de idade: "Ele não faz mais parte da nossa comunidade."

Agora, cabe às autoridades locais decidir como emitir a autorização de enterro para Kermiche.

O padre Hamel foi morto na terça-feira (26) depois de ter sua garganta cortada, sendo um dos reféns na igreja local. A polícia francesa matou os atacantes, Kermiche e Abdel Malik Petitjean, de 19 anos de idade, enquanto tentavam fugir da igreja católica.

Os dois homens tinham jurado fidelidade ao grupo terrorista Daesh que posteriormente reivindicou o ataque.

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Após a tragédia, o primeiro-ministro francês Manuel Valls disse que estava considerando uma proibição temporária do financiamento estrangeiro das mesquitas. Falando ao jornal Le Monde, Valls disse que a França precisava repensar sua relação com o Islã.

Enquanto isso, na sexta-feira, o Conselho Francês para a Religião Muçulmana apelidou o ataque como um "assassinato covarde" e apelou aos muçulmanos do país para participar da missa de domingo para demonstrar sua solidariedade com os cristãos.

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