Novo sistema russo registrará violações do START III por parte dos EUA

© AP Photo / Carolyn KasterPresidente russo Vladimir Putin e presidente norte-americano Barack Obama reunem-se nas margens da cúpula do G20, México, 18 de junho de 2012
Presidente russo Vladimir Putin e presidente norte-americano Barack Obama reunem-se nas margens da cúpula do G20, México, 18 de junho de 2012 - Sputnik Brasil
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Um novo sistema especial que será desenvolvido na Rússia registrará as violações do Tratado de Redução de Armas Estratégicas (START III) pelos EUA, informou o canal russo Zvezda nesta sexta (29).

O Ministério da Defesa russo lançou o concurso para a criação, implementação e gestão do novo sistema, que permitirá ao Governo russo provar suas reivindicações contra os Estados Unidos se Washington violar o tratado acima mencionado.

O sistema terá um módulo que fará a vigilância dos alvos de controlo com transmissores integrados, processando os dados recebidos e avaliando a situação durante os testes operacionais dos parâmetros registrados nos mísseis balísticos estadunidenses.

O tratado entre a Rússia e os Estados Unidos sobre a redução de armas estratégicas (START-III) foi assinado em Abril de 2010, em Praga. Ele substituiu o tratado START-I de 1991 e o Tratado de Reduções Ofensivas Estratégicas (SORT) de 2002. O documento, que entrou em vigor em 5 de fevereiro de 2011, obriga a Rússia e os Estados Unidos a reduzir e limitar o número de armas estratégicas ofensivas.

The US anti-missile station Aegis Ashore Romania is pictured at the military base in Deveselu, Romania - Sputnik Brasil
Rússia abandona START?
Em novembro de 2015 o presidente russo Vladimir Putin chegou a declarar que a Rússia não está entrando em uma nova corrida armamentista, mas simplesmente recuperando o seu atraso em relação aos anos 1990 e 2000.

Em fevereiro, os EUA pediram à Rússia para discutir maiores reduções em seus arsenais nucleares sob o novo START firmado entre os dois países, que entrou em vigor em 2011.

Washington DC, EUA - Sputnik Brasil
Obama pode propor à Rússia prolongamento do Tratado de Redução de Armas Estratégicas
A pedido foi recebido com perplexidade por Moscou. O vice-ministro de Relações Exteriores, Sergei Ryabkov, disse que tais conversas são impossíveis. Primeiro, porque a Rússia já reduziu o seu arsenal nuclear aos níveis do início dos anos 60 e, segundo, porque os EUA continuam suas ações de desestabilização ao desenvolverem um sistema de defesa de antimísseis global e um programa de não-ataque nuclear para desarmar forças nucleares.

Em janeiro deste ano, o comandante do Estado-Maior russo, general Valery Gerasimov, declarou que a manutenção e o reforço das forças nucleares serão uma prioridade das Forças Armadas da Rússia em 2016.

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