Sem confiança não se governa: presidente independentista se submete a plebiscito

© AP Photo / Emilio MorenattiEm setembro de 2015, os catalães celebravam mais uma virada do processo independentista
Em setembro de 2015, os catalães celebravam mais uma virada do processo independentista - Sputnik Brasil
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O presidente da Catalunha, Carles Puigdemont, acaba de anunciar, nesta quarta-feira (27), que irá se submeter a um plebiscito de confiança no dia 28 de setembro.

Segundo Puigdemont, ele tentará "buscar uma maioria com a qual possa fechar o processo independentista, assegurar o orçamento do ano que vem e a estabilidade parlamentar".

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'Não devia ter aceitado o cargo'
A decisão de se submeter livremente a uma moção de confiança perante o parlamento da Catalunha, região autônoma da Espanha com o maior histórico independentista, foi tomada pelo presidente da Generalitat (governo regional) ainda em junho, tendo por objetivo "verificar se continua tendo apoio para governar".

O processo independentista teve seu auge mais recente no ano passado, com as eleições regionais promovidas por uma coalizão do então presidente, Artur Mas, e do líder da oposição local, Oriol Junqueras. Ainda em finais de 2014, foi realizada na comunidade autônoma uma "consulta popular", uma espécie de referendo informal, proibido oficialmente pelas autoridades de Madri. Com mais de 80% votos a favor da independência, a "consulta" gerou tensões entre os governos catalão e espanhol.

© AP Photo / Paul WhiteO primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy (à esquerda) com o presidente da Generalitat catalã, Carles Puigdemont (centro), durante a primeira visita do último a Madri, em 20 de abril de 2016
O primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy (à esquerda) com o presidente da  Generalitat catalã, Carles Puigdemont (centro), durante a primeira visita do último a Madri, em 20 de abril de 2016 - Sputnik Brasil
O primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy (à esquerda) com o presidente da Generalitat catalã, Carles Puigdemont (centro), durante a primeira visita do último a Madri, em 20 de abril de 2016

Nesta quarta-feira, Carles Puigdemont ressaltou que o objetivo do seu governo é "consolidar" o processo independentista e "perguntar aos cidadãos que futuro eles querem" para depois do fim do seu mandato, que se iniciou em 12 de janeiro.

O anúncio veio depois de o parlamento rejeitar a proposta orçamentária do presidente.

Parlamento apoia separação

Além disso, nesta quarta-feira o parlamento catalão apoiou, com 72 votos a favor, o projeto de separação da comunidade autônoma do resto da Espanha. O projeto foi proposto pelo próprio Puigdemont e prevê, inclusive, a organização de um novo referendo, desta vez formal, sobre a independência, no âmbito do que é chamado "mecanismo unilateral do procedimento democrático".

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